31/05/2013

GESTOS DE AMOR E CARINHO: O ABRAÇO

Direciono meu olhar ao coração e percebo que a maioria das pessoas andam contidas,  econômicas na demonstração de sentimentos e afetos. Pouco ou quase nunca dizem palavras de carinho, evitam abrir espontaneamente um sorriso, dão poucos e tímidos abraços. Não mostram  afetividade,  e passam a ter um quase sorriso. Um carinho que nunca chega, como um abraço pela metade.

E qual o motivo dessa abstração, de tanta indiferença? Porque que as pessoas estão assim? Seria é reflexo do medo cotidiano, da insegurança? Do amanhã ainda incerto? Será que dão menos porque "não" querem receber muito? estão pobres e miseráveis de sentimentos de amor? É preciso saber que no campo da afetividade podem abusar,  gastar carinho e afeto compulsivamente.

Um abraço sincero e verdadeiro, dentre tantos gestos de carinho, é talvez o mais significativo. Ele conforta. Aproxima os corações, transmite calor humano. Acalenta e protege. Proporciona sensações de  ternura a quem envolve e é envolvido. É capaz de fazer  uma pessoa   ter o dia  melhor e muito mais feliz. Melhora a disposição e a maneira de ver a vida e encarar os problemas.

Quando abraçamos alguém com carinho,  em troca percebemos um imediato sorriso. E vem a sensação de estar fazendo algo capaz de transformar. É  um doce e terno afago, que tanto faz bem. Faz toda diferença.

E quando recebemos esse carinho, ficamos a nos sentir importantes, protegidos, valorizados, amados. Um abraço pode ser milagroso, capaz de afastar tristezas e incertezas.  O abraço tem o  poder de acalmar, aliviar e minimizar as dores da alma.

Não significa que temos que sair por ai abraçando a todos. Abraçar por abraçar não faz o menor sentido. Afinal, quem recebe o abraço deve saber dar o devido valor ao gesto. E é preciso  certo grau de intimidade. Nesse momento recebemos e transferimos energias positivas. Harmonizamos. Sendo espontâneo e natural deixa enorme sensação de alegria.

A falta de abraço e atenção  não existe apenas nos meios exteriores à nossa convivência. Está dentro dos lares, nas famílias. Imagine comigo a reação de uma criança que sem o hábito de receber o carinho de um abraço em casa, cresce vazio, e pouco afetivo. Talvez com dificuldades. Atitudes simples como abraço, atenção e carinho são extremamente necessárias à infância.

O ideal seria que as pessoas em casa, se abraçassem mais. Todos os dias se possível. Com certeza reduziria muitos desconfortos e atritos familiares. O abraço aproxima as pessoas.  Reforça  relacionamentos. Reduz  e ameniza as diferenças.

É momento terno e agradável sentir as batidas do coração de alguém quando o abraçamos. Vem a calma, vem a paz. É como afirmar e confirmar: estou aqui, conte comigo, meu coração está aberto. 

A necessidade de atenção, carinho e de um abraço não é  somente daquelas pessoas solitárias, pretensamente infelizes e inseguras. Todos, invariavelmente, precisam.

Quando expressamos um gesto de forma natural e espontânea  que sai de dentro de nós sem travas, medos  ou ressalvas,  pode ser expressão de amor, amor incondicional, que vem de dentro do coração. O amor que verdadeiramente liberta.

É aquela atenção que gera compreensão e solidariedade. Expressão de sentimentos e de gostar. Preciosidade que ajuda-nos a sentir certas dimensões do amor.

Mais que uma necessidade humana, a atenção e o carinho - que podem se resumir em um abraço -  reafirmam e consolidam sentimentos. É quando coração se abre a outro coração. E abrindo as portas do coração, todos, todos podem se permitir. O resultado é indescritível. E assim,  maravilhas acontecem. Portanto, abracem sempre. Nunca, jamais economizem carinho e ternura,  tão presentes em um intenso e verdadeiro abraço. 



2 comentários:

  1. Bom dia, amigo. acho ue o que acontece, é que as relações hoje em dia são muito baseadas em interesses. Eu às vezes sinto que uma pessoa me abraçou, e que para ela, aquele abraço nada significa, é apenas um jogo social. Prefiro não ser abraçada por gente assim... ao mesmo tempo, sei de pessoas que nem sequer me apreciam, e me abraçam quando me encontram, a fim de demonstrar uma amizade falsa. É complicado... mas os abraços verdadeiros, a gente sente. São diferentes! Bom dia, grata pela leitura, e... um abraço!

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  2. Oi lu seu texto é excelente não tenho palavras simplesmente condizente com os dias de hoje as pessoas evitam o contato físico. se afastam cada vez mais espero que um dia isso mude e para mudar deverá começar em casa desde cedo ensinando os valores aos nossos filhos.voce está de parabéns mais uma vez sigo acompanhando abraços

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