A menina Brisa encantava o mundo com seu lindo sorriso. E se encantava com flores. Em sua imaginação de criança procurava – por vezes em vão - compreender como que botões aparentemente insignificantes e singelos, no dia seguinte, ao nascer do sol, davam lugar à belas e instigantes flores. Mágicas flores.
Flores. Ah, as flores... A menina Brisa era encantada com elas. Brisa sorria, contemplava, amava as flores. Tinha predileção especial pelas pequeninas e frágeis. Buscava encontrar explicações dentro do coração: como caberia tanto encanto naquela pequena criatura.Brisa demonstrava mais ainda sua sensibilidade ao ver machucadas e feridas as pequenas flores do campo. Aquelas que os homens arrancavam, feriam, pisavam. Ou mesmo quando o sol inclemente e impiedoso as castigava. Chorava quando via isso. Não compreendia. A menina Brisa amava as flores. Se encantava com elas. Era amiga das flores.
Nas brincadeiras, ao lado de suas irmãzinhas, sob a sombra de um pé de romã dava preferência às pequenas e coloridas flores. Enquanto suas irmãs ninavam as bonecas, a menina Brisa brincava de arrumar e decorar a casa imaginária. Adornava tudo com flores. Com pequeninas e tenras flores.
A menina Brisa só não tinha predileção por rosas. Não que tivesse deixado de gostar, de se encantar com a beleza e a multiplicidade de cores e perfume. Era algo mais de alma... Aconteceu que um dia, em sua doce inocência, a menina Brisa, de sorriso encantado, percebeu ao longe a beleza única de um jardim de rosas. Cheia de ternura, feliz, e com um lindo sorriso foi direto a elas. Mas ao tocá-las, recebeu a cruel ferida dos espinhos. Não pôde entender como aquela beleza imensa poderia trazer tanta dor... Se não fez mal algum a ela, como poderia feri-la? O que teria feito para merecer isso?
A menina Brisa só não tinha predileção por rosas. Não que tivesse deixado de gostar, de se encantar com a beleza e a multiplicidade de cores e perfume. Era algo mais de alma... Aconteceu que um dia, em sua doce inocência, a menina Brisa, de sorriso encantado, percebeu ao longe a beleza única de um jardim de rosas. Cheia de ternura, feliz, e com um lindo sorriso foi direto a elas. Mas ao tocá-las, recebeu a cruel ferida dos espinhos. Não pôde entender como aquela beleza imensa poderia trazer tanta dor... Se não fez mal algum a ela, como poderia feri-la? O que teria feito para merecer isso?
Tentou novamente tocá-las e encontrou outros espinhos que a feriram ainda mais profundamente. Que a machucaram fortemente. A menina Brisa chorou... Chorou muito. Derramou lágrimas e lágrimas diante de tanta beleza, porém, que trouxeram tantas feridas à sua mãozinha inocente.
Voltou triste e soluçando para as amigas rasteiras e simples: as pequenas onze-horas, as bailarinas e as margaridas. Aos poucos a dor foi passando, embora a ferida continuasse a sangrar. E ao conversar e dividir a dor do seu coração com as pequeninas flores, sua alegria foi voltando. Aos poucos reencontrou seu sorriso, tímido, de inicio. Esqueceu as feridas nas mãos frágeis. O sorriso agora era pleno.
O tempo passou, passou e a menina Brisa cresceu. Mas continuou a encantar o mundo com seu lindo e meigo sorriso.Continuou a se encantar com as pequeninas e frágeis flores. Agora a menina-moça Brisa era encantadora de pessoas. Por onde passava, seu sorriso era notado. Por onde ia, levava alegria e deixava saudades. A menina Brisa era agora a moça do sorriso encantado.
Um dia, Brisa sentiu perder o sorriso. Tentou em vão encontra-lo. Buscou, buscou... Sentou diante de si e não o viu mais. O que teria acontecido?
Passaram-se os dias... Brisa, como no dia em que quis tocar as rosas e feriu-se profundamente, voltou sua atenção às pequenas coisas. Às pequeninas e simples coisas da vida. À poesia contida em um olhar, um pôr-do-sol, um gesto de mãos em momentos de carinho...E esqueceu suas dores.
Viu aos poucos seu sorriso se aproximar. Sentiu que não poderia deixar de encantar o mundo como sempre fizera. Afinal, seu sorriso era uma dádiva que ela necessariamente teria que dividir. Brisa voltou a encantar o mundo. E voltou a encantar de forma mais abrangente: começou a retratar pequeninas e frágeis flores. Começou a mostrar ao mundo o valor e a belezas contidas em criaturinhas tão singelas, mas de incomensurável importância e beleza.
Viu aos poucos seu sorriso se aproximar. Sentiu que não poderia deixar de encantar o mundo como sempre fizera. Afinal, seu sorriso era uma dádiva que ela necessariamente teria que dividir. Brisa voltou a encantar o mundo. E voltou a encantar de forma mais abrangente: começou a retratar pequeninas e frágeis flores. Começou a mostrar ao mundo o valor e a belezas contidas em criaturinhas tão singelas, mas de incomensurável importância e beleza.
A menina-moça Brisa. Que se encantava com frágeis e pequeninas flores. Hoje, mulher, encanta o mundo com seu sorriso... Sorriso de linda e encantadora flor! Linda! Encantadora!
Um texto lindo e doce como você, linda amiga!!!Parabéns, você escreve com a alma por isso tudo fica lindo.
ResponderExcluirMuito linda Lu, penso que essa menina tem a alma perfumada, doce e meiga, assim como você amiga.
ResponderExcluirParabéns, a cada dia inovando e nos brindando com lindos texto.
Bjos
A ARTE DE ESCREVER NÃO VEIO PARA TODOS, PARABÉNS PELO TEXTO LÚ.
ResponderExcluirSOU SEU LEITOR DE CARTEIRINHA.
Concordando com a Otília, também vejo semelhança entre a personagem e a autora. Afinal, a Lu realmente nos encanta com tão belas poesias.
ResponderExcluirEu fico agradecido.
Lu querida, um ramalhete de flores do campo pra você pela doce arte de escrever. Beijos e obrigada.
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