Dizer NÂO: difícil para uns, para outros nem tanto. No dia-a-dia algo aparentemente comum a todo ser humano. Alguns afirmam que as mulheres são mais suscetíveis a essa dificuldade, ponto de vista até certo ponto compreensível, afinal foram criadas para ser “boazinhas”, fazer tudo para agradar. E na maioria das vezes deixando de dizer uma simples palavra: NÃO.
Pessoas são levadas ou induzidas a pensar que seu valor ou apreço só é reconhecido se agradarem sempre. Que precisam estar disponíveis para todos, a todo tempo.
A
verdade é que temos dificuldade em dizer NÃO, mesmo em situações corriqueiras
onde a negativa é plenamente justificável. Fica quase sempre a impressão de que
não parece uma boa ideia ou forma de agradar às pessoas. E olha que na maioria
das vezes não agradamos.
Você
precisa aprender a dizer NÃO. E às vezes não é fácil! Penso que a melhor saída seria dar o valor
exato às coisas. Ou seja: nem mais nem menos. Óbvio que isso requer
autoconhecimento, clareza e trabalho interno. Melhorar a autoestima e ter o ego
sob controle.
E
essa melhora não nos dá o direito tornar-se prepotentes, arrogantes e frias. E
sim, ter a consciência do valor que o NÃO representa. Isso deve ser aplicado a tudo,
desde pessoas a objetos...
Esse
exercício de autoconhecimento não é fácil, porém devemos fazê-lo
constantemente. Estabeleçamos limites. Quando conhecemos bem nosso valor sabemos
até onde podemos ir, sabemos o tanto que temos a oferecer sem ultrapassar nossos
limites.
Não
somos heróis, super-homens, sequer santos. Temos o direito de dizer: NÃO! NÃO
quero, NÃO posso, NÃO estou afim, dessa vez NÃO e outras coisas do gênero.
Ninguém
tem o direito de nos explorar. Quando resolvemos dizer NÃO em situações que não
estamos acostumados a fazer, pessoas ao redor irão certamente reclamar muito.
Afinal estão mal acostumadas a obter tudo que desejam, do jeito que desejam e
no momento que desejam.
Acham-se até no direito de chantagear. Fazer com que nos sintamos culpados. Usam de artifícios para dar a entender que somos maus e egoístas. Portanto, não se deixe levar quando quiserem nos convencer de continuar sempre dizendo SIM.
Se
permita o direito de pensar sobre o assunto proposto. Não dê resposta
instantânea ou imediata. Acostume-se a pedir: “dê-me quinze minutos, vou pensar“.
Você tem todo o direito de avaliar e refletir antes de aceitar ou responder
qualquer proposta.
E
se não chegar a uma resposta, ainda assim pode optar por: “eu ainda não decidi,
vou refletir mais um pouco”. Ou: “assim que tiver resposta avisarei”. Caso haja insistência, uma boa saída é inverter papéis: “se você estivesse em meu lugar o que faria?” Acha correta essa exigência? Leve a pessoa à reflexão.
Qualquer
relação saudável precisa ser uma via de mão dupla. Se acharmos errado pedir
isso ao outro, provavelmente está errado que também nos peçam.
Olhe
para dentro de você. E veja se o pedido tem custo, gasta tempo, é abusivo e
errado. É ético? É realmente necessário e imprescindível? É importante? Dá
trabalho? Leva tempo? E outras questões importantes.
Inicialmente
é muito difícil exercitar o “dizer NÃO”. Mas acredite: logo se habituará a
reflexão. Tornar-se-á automática e até intuitiva.
Alguns
indivíduos nunca perceberão que não aceitamos mais abusos. Para por fim a esses
abusos só existe um caminho: manter-se vigilante, atento e alerta. Exercitar
compensa. Deverá ser para vida a toda. Valerá a pena!
Diga
NÃO com segurança e lucidez! Sem
culpas ou sofrimentos!
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