18/01/2013

NÃO! ALIÁS, VOCÊ SABE DIZER NÃO... SEM CULPAS?


Dizer NÂO: difícil para uns, para outros nem tanto. No dia-a-dia algo aparentemente comum a todo ser humano. Alguns afirmam que as mulheres são mais suscetíveis a essa dificuldade, ponto de vista até certo ponto compreensível, afinal foram criadas para ser “boazinhas”, fazer tudo para agradar. E na maioria das vezes deixando de dizer uma simples palavra: NÃO.

Pessoas são levadas ou induzidas a pensar que seu valor ou apreço só é reconhecido se agradarem sempre. Que precisam estar disponíveis para todos, a todo tempo.

A verdade é que temos dificuldade em dizer NÃO, mesmo em situações corriqueiras onde a negativa é plenamente justificável. Fica quase sempre a impressão de que não parece uma boa ideia ou forma de agradar às pessoas. E olha que na maioria das vezes não agradamos.
Você precisa aprender a dizer NÃO. E às vezes não é fácil!  Penso que a melhor saída seria dar o valor exato às coisas. Ou seja: nem mais nem menos. Óbvio que isso requer autoconhecimento, clareza e trabalho interno. Melhorar a autoestima e ter o ego sob controle.

E essa melhora não nos dá o direito tornar-se prepotentes, arrogantes e frias. E sim, ter a consciência do valor que o NÃO representa. Isso deve ser aplicado a tudo, desde pessoas a objetos...
Esse exercício de autoconhecimento não é fácil, porém devemos fazê-lo constantemente. Estabeleçamos limites. Quando conhecemos bem nosso valor sabemos até onde podemos ir, sabemos o tanto que temos a oferecer sem ultrapassar nossos limites.

Não somos heróis, super-homens, sequer santos. Temos o direito de dizer: NÃO! NÃO quero, NÃO posso, NÃO estou afim, dessa vez NÃO e outras coisas do gênero.
Ninguém tem o direito de nos explorar. Quando resolvemos dizer NÃO em situações que não estamos acostumados a fazer, pessoas ao redor irão certamente reclamar muito. Afinal estão mal acostumadas a obter tudo que desejam, do jeito que desejam e no momento que desejam.

Acham-se até no direito de chantagear. Fazer com que nos sintamos culpados.  Usam de artifícios para dar a entender que somos maus e egoístas. Portanto, não se deixe levar quando quiserem nos convencer de continuar sempre dizendo SIM.

Se permita o direito de pensar sobre o assunto proposto. Não dê resposta instantânea ou imediata. Acostume-se a pedir: “dê-me quinze minutos, vou pensar“. Você tem todo o direito de avaliar e refletir antes de aceitar ou responder qualquer proposta.
E se não chegar a uma resposta, ainda assim pode optar por: “eu ainda não decidi, vou refletir mais um pouco”. Ou: “assim que tiver resposta avisarei”.

Caso haja insistência, uma boa saída é inverter papéis: “se você estivesse em meu lugar o que faria?” Acha correta essa exigência? Leve a pessoa à reflexão.

Qualquer relação saudável precisa ser uma via de mão dupla. Se acharmos errado pedir isso ao outro, provavelmente está errado que também nos peçam.
Olhe para dentro de você. E veja se o pedido tem custo, gasta tempo, é abusivo e errado. É ético? É realmente necessário e imprescindível? É importante? Dá trabalho? Leva tempo? E outras questões importantes.

Inicialmente é muito difícil exercitar o “dizer NÃO”. Mas acredite: logo se habituará a reflexão. Tornar-se-á automática e até intuitiva.
Alguns indivíduos nunca perceberão que não aceitamos mais abusos. Para por fim a esses abusos só existe um caminho: manter-se vigilante, atento e alerta. Exercitar compensa. Deverá ser para vida a toda. Valerá a pena!

Diga NÃO com segurança e lucidez! Sem culpas ou sofrimentos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário