08/05/2014

UM FINAL DE SEMANA FELIZ


          A correria da vida agitada na cidade grande trouxe-me o desejo de encontrar uma pausa para descansar. Escolhi passar o final de semana em uma fazenda. Saímos em um sábado pela manhã, antes mesmo do sol raiar. Por quilômetros e quilômetros de asfalto e paisagens diversas, fui apreciando o vento fresco em minha face e o nascer do sol.

          De passageira, vez em quando, olhava pelo retrovisor percebendo o mato ficando para trás. O desejo para chegar logo era grande, afinal, já conhecia bem o lugar mágico que passaria um agradável final de semana junto aos familiares.

          Após ter rodado vários quilômetros, uma pausa na estrada para um café da manhã - momento de prazer e alegria. Comemos pamonha – iguaria típica dos goianos e mineiros. Seguimos viagem, ainda faltavam uns sessenta quilômetros para chegarmos. O sol agora quente iluminava o asfalto e o calor começava a incomodar. A ansiedade para chegar aumentava a cada minuto, afinal, iria estar junto das pessoas que tanto amo - tudo o que eu mais queria.

          Os últimos quilômetros foram vencidos e, finalmente, chegamos à cidade da qual a fazenda é munícipe. Hora de comprar os alimentos e guloseimas para abastecer os dois dias: lanches, refrigerantes, carne para churrasco, cervejas etc. Feito isso, hora de por o pé na estrada novamente.   Agora, mais dez quilômetros de estrada de chão, para enfim, chegarmos ao destino tão esperado.

          Na estrada de chão batido, ia observando uma paisagem totalmente diferente daquelas que vi na rodovia asfaltada. A vegetação mais verde e bonita, de belas e frondosas árvores que exalavam frescor, embora o sol já estivesse muito quente. Passava das nove horas quando chegamos à porteira da fazenda. O primeiro a nós receber foi o cachorro boby. Veio abanando a rabo como a nós dizer: sejam bem-vindos.

          O reencontro com os familiares trouxe imensa alegria, muitos sorrisos e brincadeiras. E foi com essa harmonia que fomos conduzidos a entrar, afinal dentro da casa havia outros parentes ansiosos esperando nossa chegada. Entre abraços e afagos ficamos por ali batendo um agradável papo. Enquanto isso, um delicioso churrasco estava sendo preparado para o almoço, e logo fomos chamados a nos servir. A harmonia e a alegria do reencontro tornava o churrasco ainda mais saboroso.

          A parte da tarde passou muito rápido como num passe de mágica.  E eu esperava ansiosa pelo show do pôr do sol, que naturalmente aconteceria. Não iria perder essa oportunidade maravilhosa de fotografá-lo. Enquanto o sol teimava em não ir embora, peguei minha câmera e comecei a registrar outras belezas. Belas flores enfeitavam o quintal da sede. Cada qual, mais bela que a outra. Fotografei rosas, beijos. Muitos beijos de todas as cores. E logo em seguida, voltei minha atenção para o espetáculo do belo pôr de sol que em segundos transformaram em belos clicks.

          O sol se foi de vez e a noite começava a cair.  Com o coração cheio e pleno, guardei a câmera. Alguns membros da família já estavam a postos me esperando para jogar baralho. Ficamos horas entretidas e quando percebemos já era tarde - hora de dormirmos. A noite foi de bom sono e descanso.

          Ao amanhecer, um gostoso café da manhã me esperava. Sentamos todos à mesa e saboreamos um delicioso pão de queijo acompanhado de um café forte à moda da família. E, novamente, fui tentada a pegar minha câmera para registrar mais belezas. Tudo me encantava. Entretive-me por algum tempo clicando e vislumbrando cada detalhe da natureza viva. Não vi o tempo passar.

          E a hora do almoço chegou. Momento de saborear um delicioso frango caipira feito em fogão à lenha. A harmonia familiar tornou o almoço ainda mais saboroso. Terminado o almoço, hora de um breve cochilo ao som de aves e pássaros, complementados pela batida repetitiva de um velho monjolo. Canção de ninar, que me embalou um sono restaurador.

          Já passavam de dezesseis horas quando colocamos nossas malas no veículo. Hora de voltar para casa. A cidade grande agitada nos esperava novamente. O final de semana fora tão agradável e feliz que a despedida dos familiares nesse momento, se tornou melancólica fazendo-me verter lágrimas!  À medida que distanciávamos da sede da fazenda, comigo partia a certeza de que em breve, poderia voltar ali. E que poderia ter novamente, o amor e o carinho dos familiares em muitos outros finais de semana na fazenda Camarim.






Um comentário:

  1. lindo lu. bastante restaurador esses momentos em família e ainda mais cercados pelo esplendor da graciosa natureza que é sempre um espetáculo a parte.

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