PERDÃO: ATO E EXERCÍCIO DE AMOR

Com certa frequência, quase cotidianamente ouvimos a frase: “Perdoei... Mas não esqueci”. Ou seja, na verdade não perdoou. Continua guardando rancor, remoendo angustias e ressentimentos.   Assim fica impossível continuar a caminhada da vida e ser feliz com essas feridas abertas na alma. É preciso cicatriza-las com um eficaz e poderoso remédio chamado amor. Não há outro caminho.

É certo que existem pessoas de difícil convívio. Em contrapartida isso pode nos ajudar a desenvolver virtudes como paciência, tolerância, compaixão e compreensão. São termômetros para nós, onde o autoconhecimento nos leva a descobrir o quanto evoluímos e o quanto precisamos para dissolver, extirpar rancores que insistem em habitar nosso coração.

Jamais nutrir pensamentos ruins. Esses momentos de rancor ficam acumulados e geram tensões, tristezas, insônia, agitação, desgosto. Geram dor e sofrimento. Destroem a própria paz. Aquela tão necessária paz interior. Raiva e ódio se deixados sem controle tendem a agravar.  E muitos indivíduos não percebem que esses sentimentos são altamente destrutivos. Para superá-los, cultive e exercite a paciência, a tolerância.

Precisamos analisar com calma os acontecimentos negativos porventura ocorridos. Reconhecer que passado é passado e que nada vai mudar o acontecido. A culpa, o remorso e o arrependimento são inimigos constantes do ser humano. Trazem  junto humilhação, vergonha. Medo. Consequentemente a sensação de autopunição.

O Perdão! O perdão é uma semente que plantada no terreno fértil do coração rende inúmeros frutos, sempre bons. Cada ofensa recebida pode ser uma oportunidade de exercitar a capacidade de perdoar - essencial para uma vida feliz e equilibrada.

A capacidade de perdoar – ou não - não advém tão rápida ou facilmente. É virtude que precisa ser cultivada e praticada a todo o momento. Por tempo indeterminado. É preciso buscar força interior, cujo valor resulta em sabedoria e amor, vindos do coração.

Fica mais fácil perdoar quando não potencializamos ou multiplicamos ofensas sofridas. Não é de bom alvitre permitir que a dor aumente. Não se deve ficar revivendo aquilo que de mal lhe fizeram.

Ao perdoar nos permitimos ser bondosos conosco.   E a bondade é elevado sentimento da alma. Assim sendo, experimentamos a leveza e proporcionamos tranquilidade à mente, por conseguinte, ao coração.

O perdão é um ato exclusivo do coração – que tem e vive o amor. O perdão abre caminhos para que se possa alcançar a paz... A tão almejada paz interior. É bênção para quem recebe e mais ainda para quem o concede. Aquele que perdoa e não guarda rancores em seu interior verdadeiramente experimenta a paz, a alegria e a leveza da alma.

O ato de perdoar é cura para a maioria das dores. Quem perdoa não gasta energias desnecessárias sentindo raiva, ódio, rancores e alimentando ressentimentos. Quem perdoa é o maior beneficiado. Perdoe. Perdoe e fique em paz... Seja feliz... Perdoe! Perdoe!

                                                          

POR ONDE ANDAR...POR ONDE FOR... SEMEAREI AMOR!

Ruas desertas.. Quero livremente andar por elas. E entendo que alguma coisa preciso semear... Plantar... E me pergunto, observando a desertidão das ruas: por onde anda o amor? Por onde anda a paz? Por onde anda a alegria de viver? Por onde anda?

Caminhos... Caminhos... Parece fácil percorrê-los... Estão pavimentados pela obviedade da vida, mas que se tornam difíceis... Escolhas. Preciso exercitar minhas escolhas. Rumos. Com perseverança... Paciência... Zelo... Cuidado! Assim é a vida... Aguardar o momento de poder seguir em frente... Sempre, com alegria de viver!

Janelas. Da vida. Pontos de observação... Por ela observo montanhas nevadas... Que tem sua misteriosa e incomensurável beleza... Porém, mostram-se inalcaneçáveis. Será? Certamente, caminho difícil... Vegetação quase invisível ... Porém, meu olhar firme. Direto! O pensamento viaja  diante da imensidão... Algo nunca visto antes... Talvez, algo nunca sentido antes!

Tempo fechado...  Consequências do clima... Opacidade... Neblina... Perece haver impedimento, mas... Posso voar nas asas da imaginação... Ir ao encontro dos meus sonhos... Onde não exista  dor, quiçá rancor... Voar livre feito pássaro livre!!!!  E livre pousar...  Sentir a alegria da chegada e partida... Ir e voltar... Como meu coração quiser!

Natureza livre. Andar em meio a essa natureza. Livre, posso buscar e encontrar a tão almejada  paz... A paz  que busco, mesmo em solitário caminhar... Não tão solitário, afinal, posso observar as simpáticas e elegantes borboletas... Posso ouvir o canto dos pássaros... Percebo que nunca estarei só. Meditar... Refletir. E, o que posso vir a semear?  o que posso vir a ofertar? Alegria, amor. Alegria, paz... Plenitude!

Decididamente quero ofertar Flores! E por onde for, pelos caminhos que andar, quero semear  amor. Ainda, com alegria verdadeira da alma, exercitar o perdão... Olhar para trás e ver os percalços da vida como razão de crescimento ante os diferentes caminhos e dificuldades que a vida  me trouxe. Hei de semear, propagar e espalhar a paz... Amar!!!!!! Ser infinitamente feliz!!!! Amar!!!! Amar!!!! Amar!!!!

O PODER DA DECISÃO

É natural e salutar que em nossa vida - todos os dias, invariavelmente – tenhamos que tomar decisões. Sempre decidindo, desde situações triviais e cotidianas, como: a que hora  acordar , qual roupa vestir, a quem queremos ou não receber, profissão a escolher, projetos que terão prioridade, etc. Por aí vai. Voluntariamente ou não, tomamos decisões. Fazemos opções e escolhas. Elegemos prioridades.

Não é fácil decidir. Dúvidas e incertezas povoam a cabeça. Nem sempre as pessoas têm consciência que suas decisões e escolhas trazem impactos positivos ou negativos em sua vida, seja pessoal ou profissional. Decisões em determinados momentos tem de ser tomadas de forma rápida. E é inevitável que por causa disso ocorra certo sofrimento. O tempo passa inexorável e implacavelmente. Não espera ninguém.

Valorizar ou mesmo não planejar nossas escolhas e decisões é fator de complicação. Deixamos a impressão de que tudo está bem. Tudo vai bem. É como se vivêssemos achando que nada vai mudar, nada pode mudar. Ou o que é ainda pior, agir como se nada pudesse ser feito para mudar o rumo das coisas.

Por exemplo: há pessoas que escolhem sua profissão porque ouviram desde criança os pais a dizer que aquela seria a profissão do futuro. Que teriam sucesso no segmento e ganhariam muito dinheiro. Mas esquecem de que vivem em uma aldeia global, onde tudo muda a todo instante. E mais que isso, não existe profissão certa, e sim talento certo na profissão certa.

É preciso entender que toda vez que decidimos algo, optamos por um caminho - por mais simples que seja - temos um “preço” a pagar. Seja qual for o resultado, a opção foi única e exclusivamente de responsabilidade nossa... Escolhemos trilhar por aquele caminho, aquela rota, naquela direção.  Não somos guiados pelo instinto, como animais. Estes não precisam aprender tomar decisões. Aprendem através da natureza, que se encarrega disso.

Temos na mão o poder de decidir. Mas há aqueles indivíduos que esquecem, ou mesmo não percebem isso. Deixam que pais, chefes, familiares, professores ou amigos decidam por eles.  Em sendo assim, passam por toda a vida sem exercitar o poder de decidir. Comodamente instalados, deixando as águas do rio a correr cândida e placidamente. Parece não entender o sentido da sua existência. E o quanto poderiam ser felizes se optassem por fazer as suas próprias escolhas.

Não é raro encontrar pessoas lamentando da vida, das escolhas que fizeram. Mas foram elas única e exclusivamente responsáveis por tais escolhas.

Ainda culpam alguém por uma escolha errada que julgaram ter feito de forma correta.  Não perceberam que foi dado por elas a um terceiro o direito e o poder de decidir sobre a sua vida. E quanto aos obstáculos e dificuldades que encontraram pelo caminho não souberam como vencê-los e retirá-los com o poder da própria decisão. É onde aparecem escolhas erradas, não desejadas.

É fácil e confortável não ter que escolher , decidir. Portanto, torna-se necessário analisar e refletir se desta maneira não estamos vivendo uma vida desenhada, traçada ou escolhida pelos outros. Não resta a menor dúvida que para viver bem e feliz é necessário que sejamos donos de nossas próprias escolhas e decisões. Uma vida sem o poder da decisão e das escolhas não é vida plena. Sempre que necessário, devemos mudar a rota para navegar em rio de águas calmas. E, sabendo que não podemos mudar o vento, podemos ajustar as velas para seguir em frente e atracar em um porto seguro.

UMA NOITE, UM DIA... DA MINHA JANELA

Noite longa... O adormecer não veio... Ainda não dormi... Insonia causada talvez pela felicidade encontrada em momentos que antecederam a hora do merecido repouso... Madrugada de calor...  O dia já a clarear. Indo até a janela posso vislumbrar os primeiros sinais do dia. Percebo ao longe o sol  chegando... Para superar, vencer a escuridão da noite e as luzes artificiais...

            O sol chega rompendo as barreiras da escuridão. As primeiras luzes trazem tons diversos...  Azuis, cinza, avermelhados... Como a dizer: estou chegando para iluminar o dia....  A vida. Abra a janela  e me deixe entrar. Sorria. Trago alegria, paz, amor...

Depois de algum tempo, volto à mesma janela. Percebo que está  mais claro... Dia quase completo... O sol, agora majestoso  conseguiu se sobrepor a quase toda a escuridão.  Hora de levantar... De ver o dia com olhar de alegria, embora  a noite tenha sido longa e insone. Sair e vivenciar a bela manhã... Sentir  o vento tocar meu rosto em leve carinho...

Passeio por um parque da cidade, caminhando... Vejo o dia com a leveza de um olhar que consegue sempre perceber belezas em pequenas e singelas coisas. Um sorriso sempre no rosto, que como o sol, há de tornar o dia feliz e iluminado.

Sua majestade o sol... Imponente, mostra sua força.... Seu poder.... Sua luz... Do alto do céu brilha sem esforço. Cumpre seu papel. A luz que prevalece.

Não obstante águas estarem turvas, percebo a presença marcante do sol. Busco momentos de alegria, descanso. Reflito... Nem percebo as horas passarem... Hora de voltar, buscar o aconchego do lar...

  

Fim do dia. De volta à janela posso ver o sol se indo... Cumpriu seu rotineiro e cotidiano papel... Trouxe luz e alegria. Vida. Precisa se recolher para que a noite aconteça...

Noite plena, total. Pela mesma janela, agora contemplo a lua. Maravilhosa, evoca romantismo... Lua de poesia e belezas infindas. Lua dependente do sol para ser brilhante, bela... Como não me enamorar diante da tua luz? Então relembro o belo dia que tive, onde valorizei pequenas coisas... Vou rumo ao adormecer, que trará novo despertar. Adormeço feliz, pois sei o quanto amo... E o quanto sou amada.

DE UM LUGAR CHAMADO SEMPRE: O CORAÇÃO

São muitos os medos que temos e sentimos: violência, desemprego, abandono e o não menos temido: a solidão. Na maioria das vezes é o que faz com que pessoas busquem melhorar a convivência, manter contatos. Há os que têm medo de amar. E não deveriam, pois amor é sentimento nobre, trás enorme bem estar e felicidade. Não pode acabar. Sem amor nada permanece. Nada edifica. Nada... Nada!

A vida é como roda gigante. Gira rápido ou devagar. Ora no alto, ora mais perto do chão. Um dia demonstrando suprema alegria, em outro, melancolicamente apáticos, tristes. Nunca tristes – nem felizes para sempre. Tristezas também fazem parte da vida. Nesses momentos é preciso ser forte. Pode ser que daí floresça o amor. E o amor, fraterno e generoso, tudo pode e a tudo modifica.

Quando a vida se apresentar cheia de pedras pelo caminho, e tudo estiver muito difícil, não desista. Cultive bons pensamentos e sentimentos. E busque a felicidade, consequentemente o amor. O amor torna as pessoas seguras de si, fortes.

Os sentimentos são perceptíveis de variadas formas, seja pelo olhar, um gesto simples, pelo modo de falar ou agir. O amor é fácil de ser notado e observado, embora permaneça no lugar de sempre, lacrado no coração. Intocável... Inviolável... Deste lugar nunca sairá. Cercado pelos seus mistérios.

O coração recebeu pessoas que desde cedo se condicionou a amar. Foi assim com os pais, irmãos, ou filhos. A convivência e o carinho faz com que esse amor aumente a cada dia. Conforme a resposta dada a esse amor, ele perpetua, cresce e frutifica. Nada o apagará. Está guardado nos escaninhos do coração. Para sempre... Em um lugar chamado sempre.

Há momentos, ocasiões especiais e inesquecíveis de nossas vidas que jamais se perderão. Por onde quer que vá. Por onde for. Preciosos sentimentos guardados no coração - lugar tão especial. Único.

Ao longo da vida acontecem histórias engraçadas: tombos, risadas - na hora e no lugar onde talvez não se devesse sorrir. Os momentos divertidos com a família, em casa ou em viagens são inesquecíveis, únicos. Ficam guardados em um lugar seguro, chamado “sempre”: o coração – sagrado relicário.

Queremos as pessoas que amamos por perto, ao nosso lado. Ainda que não fisicamente.  Em momentos difíceis ou alegres... Divertidos ou não! Mas nada que aprisione, à alma ou ao coração, que precisa ser livre como as borboletas, que podem ir e voltar. Queremos alguém que nos faça sorrir quando estivermos tristes. Que nos deem colo, carinho... Aconchego e amor.

Sonhamos uma vida onde possamos ouvir e ser ouvidos, amar e ser amados. Assim seremos felizes... Plenos de amor! Com alegrias e lembranças daquilo que foi especial. Para serem guardadas naquele lugar seguro, inviolável e sagrado, chamado sempre: O CORAÇÃO.

 

DANÇA DA VIDA... BAILE DA SAUDADE

Escada - Passarela encantada que leva ao grande salão de baile... No ar, saudade, sedução, magia. Olhares, beleza exposta... Encanto. Nostalgia. Corpos e rostos colados... Boleros. Valsas. Sonhos...

Mundo... A "Grande Orquestra Volta ao Mundo" Globo... Viagens... Destinos incertos... Sons variados... Salsa, Rumba, Samba, Bolero. Música do mundo - Universalidade. Valsa, Balé da vida... Movimentos, Rotação, Translação. Nunca pára... Sonoridades.... Movimento!

Estrelas que brilham: a minha e a tua. Eu e você! Tão ligados que parecemos um só. Um só corpo e coração. Não importa quem brilha mais. Não importa quem é maior. Importa que somos estrelas. E estrelas sempre brilham juntas, formam constelações. Mistérios...

Noite... Luz! Pouca luz. No Baile da Saudade! Leveza... Suavidade... Momento mágico.  Único. Corpos ardentes...mãos apertadas... Ternura... Corações descompassados. Romantismo no ar.

Ritmo das águas. Constante. Suave, previsível. Imutável. Vai, volta, volta, vai. Cíclico. Dia após dia, o mesmo ritmo, a mesma melodia. Serena, não pede nada. Deixa-se levar por horas, dias, meses, anos na mesma condição. Sede de mudança? Talvez sim.. Talvez, nunca!

A "Grande Orquestra Volta ao Mundo" se apresenta. O Acordeon comanda a abertura do Baile. Melodia. Encanto. Quem canta... encanta! Casais a dançar a alegre Tarantella. Sedução, olhares, desejo. É o  Baile da Saudade!

Casais bailam, flutuam pelo salão. Romantismo. Paixão no ar. A "Grande Orquestra Volta ao Mundo" os faz levitar. Valsas, Boleros. Vozes e acordes de sonhos. Volta ao mundo. Volta do mundo. Corpos próximos... Ardentes... Rostos colados... Perfume e sedução no ar. Desejo... Sonho:  "Posso te chamar de meu amor?"

O Baile da Saudade agora é mesmo saudade. Descerraram-se as cortinas. A "Grande Orquestra Volta ao Mundo" se foi. Ficou mesmo a lembrança de momentos inesquecíveis. Sapatinhos de Cristal... Ainda o sabor daquele beijo. Baile da Saudade. Deixou saudade do que agora é inesquecível. No coração ainda a ecoar palavras mágicas de ternura: "Posso te chamar de meu amor?"

A DOÇURA DO SER E DE SER MULHER

Mulher: ser que é templo. Templo que acolhe... Gera... Cria! É luz... Que dá luz! Luz que brilha, com capacidade enorme de gerar a paz. Mulher que é paz. Que acalma, ameniza dores, tranquiliza e acalenta corações. Que sabe ser forte quando necessário. Frágil quando quer - ou convém.

Com simples olhar, desperta o amor. Com pequenos gestos, sabe ser ousada sem ser vulgar. Não sente vergonha quando chora. E sabe a hora certa de calar... Mas no silêncio tudo fala. Tudo diz. É solidão. Às vezes saudade. É estrela a brilhar nas noites de escuridão e iluminar caminhos. Sabe ser mulher e menina... Sedutora e seduzida.

Mulher é como música. Alegre, tem ritmo vibrante. Improvisa coisas inesperadas e sutis para surpreender e agradar o homem amado. É forte tempestade que chora, com lágrimas em cascata. É vulcão quando ama. É mulher! Mulher de verdade! Ou... Simplesmente... Mulher!

Quando incompreendida sofre, porém,  sabe superar com leveza, porque tem a força do saber amar e perdoar. É companheira, guerreira – batalhadora. Sabe lutar sem medir esforços. Pode perder uma luta, mas nunca perde os objetivos e ideais. Tampouco a plenitude e a doçura. Ainda que perca seus amores, nunca desiste de sonhar.

É feminina, sensível, amável, com plenitude e força. Grandeza. Sabe ser ternura quando se envolve. É segredo quando encanta. Razão quando ama! Como a lua - tem suas fases. É mistério... Encanto... Que alguns homens – muitos - ainda não conseguiram desvendar. Ou jamais desvendarão... Jamais...

Gosta de ser envolvida em terno e carinhoso abraço, onde se sente protegida, amparada. Precisa ouvir sempre: “eu te amo”. E gosta de ser desejada e que lhe deem o devido e merecido valor. Em sentido inverso, não gosta que a tratem como objeto, algo que tem dono. Ou como alguém que está ali para ser apenas simples companhia. Não é fácil ser mulher intensa. Todas as mulheres sabem disso. Vivemos e sentimos tudo... Todas as dores... Até mesmo dores alheias.

A mulher dá tudo de si por quem ama, ainda mais quando esse ser que ama faz parte de seu coração. Seu bem querer. Tem sempre palavras de carinho, compreensão e conselhos generosos e extrema sensibilidade. Nem sempre é ouvida como merece, mas nem por isso deixa de ter a gigante capacidade de perdoar.

Sofre.  E quantas vezes, inadvertidamente se deixa enganar, magoar... Mas lê muito bem as ações e atitudes de quem a magoou uma vez.  É sábia para não deixar ser enganada novamente com facilidade. Defende-se com sorriso forte, demonstra ser confiante, mesmo quando as coisas não estão bem.

Essa preciosidade chamada mulher: joia rara... Luta muito... Luta tanto que se os homens conseguissem entrar em seu coração e mente por apenas poucos segundos, ficariam em estado de choque. Embasbacados. Perdidos e de certa forma, frustrados, por finalmente verem a grandeza da sua alma.  Ver como ela consegue tudo. O possível e o impossível. Porque mulher é luz... Vida! É esperança! É garra! Meiguice, doçura. Ao mesmo tempo firmeza! Razão, mas acima de tudo amor... Coração! Mulher: Coração!

ENDEREÇOS...

Pequeno, singelo banco. Desbotado pelo sol, pela chuva.  Ali, parado, em seu mister. À  espera de casais, que hão de se enamorar, se apaixonar. Começarão a construir sonhos...

Pedras à margem do caminho... Luz,. sonhos... Águas rasas, profundas, ou, por vezes, turvas. Pedras que podem ser base, solidez... Onde se edificará.

Inicio de caminhada. Olhando juntos e firmes para o horizonte. Futuro. Frutos.

Aqui começa uma grande história. Casa pequena, simples, mas de beleza incomensurável. Endereço da felicidade.

A força da vida. Surge ou ressurge em locais quase improváveis. Semente, fertilidade, água, luz. Renovação. 

Mansões suspensas... Sonhos de consumo. Talvez, inalcançáveis. Desejo impossível... Em meio à grandiosidade, ao luxo, espaço para ser feliz? Cabe amor verdadeiro em meio à frieza do mármore e do concreto? Mansões suspensas... Aqui, como muitos pensam e sonham, endereço da felicidade?

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