27/12/2013

SE AS FLORES FALASSEM...



Ah! Se as flores falassem...
Certamente,
Diriam apenas de ternura
E amor!

Falariam das borboletas
E dos beija-flores...
Que suavemente,
Bailam sobre suas pétalas!

Se elas falassem,
Diriam da  alegria, 
Da beleza...
Da saudade...

Falariam,
Em leve melodia...
Da essência da vida,
E do perfume que exala.
Recitaria versos de amor.


Flores,
Falam em sua essência...
Fazem brotar vida,
Ao semear sementes.

Elas falam sim...
Em forma de poesia.
Para entendê-las,
É preciso ter a alma leve!

Falam... Falam sim...
É preciso apenas ter sabedoria
Para compreendê-las
E perceber que sua essência,
É plena de amor!






22/12/2013

A VOZ DO VENTO...




Da janela do último andar de um arranha-céu,
Em noite de solidão,
Ouço a voz do vento soprando
Em várias direções...

Em silêncio fico a ouvir
Seus passos...
Aproximo-me da janela
E deliciosamente,
Deixo soprar meus cabelos.

Não ofereço resistência,
E fico por alguns instantes,
A ouvi-lo...

Que eu não tenha medo...
E por mais que seu balanço seja forte,
Sirva apenas e tão somente,
Para jogar folhas velhas ao longe.

Que em seu sopro,
Leve tudo que for de saudade...
Tudo que não for amor.
Fazendo com que a vida,
Seja plena... Eternizada!

E ainda que sua força
Cause tempestades...
Que não venha soprar meus cabelos,
Não mereço essa crueldade!

E se a tempestade vier...
Que logo possa ir embora.
Não quero ficar destruída...
Chorando...

Não quero ficar revoltada,
Com o coração apertado...
Não quero lágrimas,
Caindo dos meus olhos...
Inundando meu coração.

Que o vento seja generoso...
Que possa sempre ir e voltar,
Em atitude complacente.

Que venha...
Em leve movimento,
Suavizar o calor...
Trazer o frescor!

Que venha docemente,
Afagar meus cabelos...
Amenizar a dor,
Da minha solidão.


16/12/2013

EM MIM... AINDA QUE DISTANTE!

Em noite chuvosa
E sem lua,
Senti uma enorme vontade
De estar junto de você.
Te abraçar... Te sentir!

Longamente,
Fiquei lembrando da sua imagem
Enternecedora, Doce, atraente,
Instigante e misteriosa...

Gosto de você
Mais que possas imaginar...
Isso me intriga
Pela intensidade com que sinto.

Preciso te encantar... E encantar...
Se você soubesse o que sinto por você,
Ficarias junto de mim.

Sozinha, ouço canções...
Que me fazem te sentir perto de mim.
Me encanta, seduzes...
Ah! Como eu te quero,
Te desejo.

Desejo... Calor... Afagos...
Sensações... Emoções!
Loucura... Doce loucura
Que não cede!

O coração acelera,
A boca saliva...
Desejo... Puro desejo.
Intenso desejo de estar!

Almas entrelaçadas...
Toques de mãos,
Beijos ardentes... Molhados,
Apaixonados!

Quero envolver minha boca com a sua,
E te sentir todo e intenso...
Sim... Todo.
Ah! Que vontade de você.
Vontade de afagar, aninhar...
 
Me entregar a estes momentos,
Em que sou inteiramente sua!
E enquanto a chuva cai lá fora,
Eu contigo...
 
Um bom vinho, uma bela canção...
Um tapete de lã alto e fofo.
Frio, chuva, cobertores,
Lareira...

Relógios parados...
Eu te beijando,
Sentindo seu sabor.
O tempo irá dizer, se é amor
Ou paixão!




10/12/2013

SEM DIREÇÃO...



Pés que caminham
E não tocam o chão.
Olhar,
Que não enxerga direção.

Os ventos sopram
E espalham sementes...
Umas boas,
Outras nem tanto!

Para germinarem e florescerem,
Precisam das gotas do orvalho,
E da chuva!
E qual chuva,
Faça sua vida florescer!

Se o vento
Não semear boas sementes,
Não perca a direção.
Replante... adube...

Na vida,
Enfrentamos terrenos áridos...
Encontramos tempestades,
Furacões...
Percorremos caminhos difíceis.

Com direção,
Na curva da certeza
Encontraremos caminhos férteis...
Floridos...
Feitos para nossos pés.

É preciso seguir...
Portas se abrirão!
Poderás perceber
Que não perdeu o jogo,
A batalha, a luta!

Se em alguns momentos
O silêncio for necessário,
Faça-o!
Poderás contemplar estrelas,
Sentir novas emoções.
Retomar a direção!

Com determinação,
Construa caminhos...
Aqueles que realmente queira,
Deseja e precisa.

Lamentações,
Não levam a lugar nenhum...
Pegue o próprio leme.
Redirecione... Siga em frente.
Prove de si mesmo
E verás que és capaz.

05/12/2013

SOLITÁRIA LUA NA MINGUANTE...

No escuro celestial,
Há pontinhos de luz.
São  estrelas brilhantes
Ou, 
Ofuscadas.
Umas  próximas, outras distantes!

E na imensidão do céu,
A timidez e o silêncio da lua minguante,
Quer mostrar sua graciosidade,
Seu brilho!

De fulgor, 
Olhar discreto e suave,
Visita intensamente corações.
Desperta  poesias, belezas,
Sonhos...
Embala horas de amor!

Em alguns momentos,
Se veste de nuvens...
E em  suave sensualidade,
Se esconde... Esconde saudades!
Para reaparecer minutos depois,
Ainda mais bela.

Lentamente E em intrínseca solidão, 
Percorre o céu.
Eu solitária qual a lua,
Fico a observá la... E antes que  um novo dia chegue,
Ela me convida a conversar.

Meus olhos ficam marejados
Em sua melancólica companhia.
Ela beija meu rosto... 
Eu sorrio para ela!

Agora, amigas e companheiras...
Em momentos de preciosa solidão,
Nenhuma de nós
Sabemos quem brilha mais,
Ou menos.

Ficamos incansáveis horas,
Trocando confidências...
Eu inerte, 
Nem percebo seu pouco brilho,
Dividido em metade!

É chegada a hora da sua partida...
É preciso, 
Dar lugar a um novo dia!
E, sem poder vê-la,
Me ponho a chorar.

Sem a sua companhia,
Me sinto completamente solitária!
Fico a esperar  sua volta...
Que volte logo...
A me iluminar!