Após uma noite de sábado, de canções, luzes e poesia, onde assisti duas
belas apresentações de cantores da música popular brasileira, volto para casa
com o coração feliz. Era quase madrugada, de um domingo de primavera.
Em casa, ainda leio páginas de um bom livro, enquanto aguardo a chegada
do precioso sono - que não demorou muito. Adormeço como um anjo para só acordar
na manhã seguinte, por volta de onze horas.
Ao abrir os olhos, recebo o dia através dos raios de sol que adentram
pela janela e percebo meu filho na cozinha, lavando louças. Vou até ele e
recebo um "bom dia" carregado de carinho desse filho tão amado. E o
café pronto na mesa, ao meu gosto, feito por ele. Tomamos o café juntos e, logo
em seguida, ele pergunta o que faremos para o almoço.
Devido ao adiantado da hora, me ocorre convidá-lo para almoçar em algum
restaurante da cidade. Em um shopping talvez. Sairmos da rotina. Ele
prontamente aceita e sugere um restaurante de culinária japonesa que conhece.
Após o café ainda ficamos por um tempo cada um em seus afazeres. Chegada
a hora partimos para o que viria a ser um momento mágico. Fazia tempo que não
desfrutávamos da presença um do outro em momentos assim. Meu coração batia
forte, acelerado, e ao mesmo tempo feliz.
Sentados frente a frente, olhar no olhar, iniciamos o almoço e um bate
papo agradável e verdadeiro. A conversa fluiu amistosa e alegre. Falamos sobre
diversos assuntos, coisas da vida, os desafios que começam a surgir, afinal,
ele está prestes a começar em seu primeiro emprego, depois de concluída a
faculdade. Ainda da expectativa que mantém sobre algumas propostas que estão
sob análise, que podem ser de um futuro promissor.
Para mim, a doce companhia tornava a refeição ainda mais saborosa. Eu já não sabia diferenciar o que era melhor,
se a comida ou a presença dele ali comigo. Momento de muita felicidade.
Voltamos para casa felizes e plenos, com direito a fotos juntinhos. Chegamos em casa e fomos cada um para seu
quarto tirar um cochilo, o que é costumeiro aos domingos. Passei a refletir sobre os momentos vividos.
Senti o coração e a alma leves. Nessas reflexões, lembrei que a rotina de cada
um, o corre-corre do dia-a-dia haviam feito com que nos distanciássemos desses
agradáveis momentos - tão nossos.
Adormeci com um sorriso no rosto. O sono restaurador adentrou pela
tarde. Ao acordar me permiti ficar deitada por algum tempo, e através da janela
avistei um cair de tarde de muito calor. O que não impediu que visse a beleza
daquele entardecer, daquele fim de dia maravilhoso, tendo o canto de pássaros
como fundo musical. Um diálogo sonoro que trazia paz e leveza à alma. Os
bem-te-vis, com seu canto alto e forte - em que um canta e o outro responde –
traziam a sensação de perfeita harmonia - como entre eu e meu filho.
Cada vez mais o dia cede espaço à noite, que chega gradativamente. E eu,
imersa em reflexões, admirando a vida, a natureza. Um sabiá solitário não para
de cantar, tocando ainda mais meu coração. A primavera proporciona a visão de
belas flores e o ambiente perfeito para o canto dos pássaros, que precisam da
liberdade para cantar. E eu preciso de um dia desses sempre, para ser feliz!
A noite chega de vez. Percebo que o canto dos bem-te-vis e do sabiá
solitário se foi. A lua crescente - quase cheia - de primavera se apresenta,
iluminando e beijando a minha janela. No coração, as boas lembranças do que foi
aquele dia. Um dia de harmonia, amor, flores e cantos de pássaros. Um domingo
feliz de primavera.
Algo que devemos prezar na vida, que REALMENTE traz um sentido de felicidade e satisfação, são os pequenos momentos, com a família mesmo, que se tornam grandes emoções.
ResponderExcluirÉ um hábito que deve ser cultivado a todo momento, e espalhado a todas as pessoas.
Sempre com carinho e amor nos seus textos... Atitudes a serem observadas pelos que lêem e gostam do que escreve. Eu gosto e indico sempre que me surge oportunidade! Beijos, minha querida Lu.
ResponderExcluirQue este domingo feliz de primavera... possa repetir várias e várias vezes em cada lar brasileiro.....
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