27/09/2013

PRIMAVERA EM MIM...


É primavera.
A vida fica
Cheia de cores...
De belas e encantadoras flores..

Flores singelas...
Delicadas,
De beleza exótica...
Flores...
Que enfeitam os
lugares, as cidades...

Flores,
Que caem ao chão em silêncio...
Formando belos tapetes,
Em ruas e calçadas!


E o coração, zeloso,

Nelas não quer pisar!
Cuida para não feri-las...
Ou magoá-las!

Que a primavera,
Existente dentro de cada um,
Nunca vá embora!

Que na primavera do meu coração,
As flores fiquem... Permaneçam...

Preenchendo o vazio da saudade...





24/09/2013

UM OLHAR... DIANTE DE MIM

Minha alma em inquietude...
Desperta intenso desejo
Manifesto em um olhar...
Olhar sutil, furtivo, instigante, 
Magnetizante...
Olhar que é Luz...
Intermitente... Intensa... 
Advinda do coração!

Sem impor limites, permito-me...
Dou-me inteiramente 
O direito aos sonhos
E devaneios.
E sem medo, lançar-me 
No futuro incerto
Do seu olhar!
Olhar  adorável, estonteante.
Belo!

Eu preciso muito te encontrar...
Desejo embriagar-me
No amor desse encantador olhar...
Nele, navegar... Flutuar... Levitar
Planar!

Já levitei... Flutuei... Naveguei...
Em olhares...
Mas,
Nenhum igual ao seu!
Eu quero isso mais uma vez...
E no aconchego desse olhar 
Poder aquietar-me.

Conheci olhares de candura... 
Ternos olhares...
De pureza d'alma...
E me encantei!
Encantei sim...

Mas, 
Me apaixonei pela
Singularidade de seu olhar.

Preciso desse olhar perto de mim,
Dele estou carente...
Que sem culpas está impregnado
Dentro de mim.

O olhar que me tira o chão,
Me faz descer das nuvens.
Navegar em meus rios...
E sem medos, contemplar vastos mares...
Visitei lugares lindos...
Contemplativos... 
Lugares perfeitos...
Acolhedores...
Qual seu olhar...

Quero  ir ao encontro desse olhar...
Sublime, afável...
Sedutor... Voraz... Tentador!

Fitá-lo... 
Olhar no olhar...
Diante de mim...

E...
Flutuar nas ondas desse olhar...
Mar de encantos... 
Qual brilho mágico de estrelas
Em noite enluarada...

Nele, para sempre
Ficar... Viver!
Me encontrar!
Te amar...
Ser feliz!



19/09/2013

UM DOMINGO FELIZ DE PRIMAVERA

Após uma noite de sábado, de canções, luzes e poesia, onde assisti duas belas apresentações de cantores da música popular brasileira, volto para casa com o coração feliz. Era quase madrugada, de um domingo de primavera. 

Em casa, ainda leio páginas de um bom livro, enquanto aguardo a chegada do precioso sono - que não demorou muito. Adormeço como um anjo para só acordar na manhã seguinte, por volta de onze horas.

Ao abrir os olhos, recebo o dia através dos raios de sol que adentram pela janela e percebo meu filho na cozinha, lavando louças. Vou até ele e recebo um "bom dia" carregado de carinho desse filho tão amado. E o café pronto na mesa, ao meu gosto, feito por ele. Tomamos o café juntos e, logo em seguida, ele pergunta o que faremos para o almoço.

Devido ao adiantado da hora, me ocorre convidá-lo para almoçar em algum restaurante da cidade. Em um shopping talvez. Sairmos da rotina. Ele prontamente aceita e sugere um restaurante de culinária japonesa que conhece.
Após o café ainda ficamos por um tempo cada um em seus afazeres. Chegada a hora partimos para o que viria a ser um momento mágico. Fazia tempo que não desfrutávamos da presença um do outro em momentos assim. Meu coração batia forte, acelerado, e ao mesmo tempo feliz.

Chegamos ao shopping e meu filho ainda teve o cuidado e a gentileza de perguntar se realmente eu queria comida japonesa. Respondi que sim, pois também aprecio a culinária oriental. 

Sentados frente a frente, olhar no olhar, iniciamos o almoço e um bate papo agradável e verdadeiro. A conversa fluiu amistosa e alegre. Falamos sobre diversos assuntos, coisas da vida, os desafios que começam a surgir, afinal, ele está prestes a começar em seu primeiro emprego, depois de concluída a faculdade. Ainda da expectativa que mantém sobre algumas propostas que estão sob análise, que podem ser de um futuro promissor.

Para mim, a doce companhia tornava a refeição ainda mais saborosa.  Eu já não sabia diferenciar o que era melhor, se a comida ou a presença dele ali comigo. Momento de muita felicidade.
Voltamos para casa felizes e plenos, com direito a fotos juntinhos.  Chegamos em casa e fomos cada um para seu quarto tirar um cochilo, o que é costumeiro aos domingos.  Passei a refletir sobre os momentos vividos. Senti o coração e a alma leves. Nessas reflexões, lembrei que a rotina de cada um, o corre-corre do dia-a-dia haviam feito com que nos distanciássemos desses agradáveis momentos - tão nossos.

Adormeci com um sorriso no rosto. O sono restaurador adentrou pela tarde. Ao acordar me permiti ficar deitada por algum tempo, e através da janela avistei um cair de tarde de muito calor. O que não impediu que visse a beleza daquele entardecer, daquele fim de dia maravilhoso, tendo o canto de pássaros como fundo musical. Um diálogo sonoro que trazia paz e leveza à alma. Os bem-te-vis, com seu canto alto e forte - em que um canta e o outro responde – traziam a sensação de perfeita harmonia - como entre eu e meu filho.

Cada vez mais o dia cede espaço à noite, que chega gradativamente. E eu, imersa em reflexões, admirando a vida, a natureza. Um sabiá solitário não para de cantar, tocando ainda mais meu coração. A primavera proporciona a visão de belas flores e o ambiente perfeito para o canto dos pássaros, que precisam da liberdade para cantar. E eu preciso de um dia desses sempre, para ser feliz!

A noite chega de vez. Percebo que o canto dos bem-te-vis e do sabiá solitário se foi. A lua crescente - quase cheia - de primavera se apresenta, iluminando e beijando a minha janela. No coração, as boas lembranças do que foi aquele dia. Um dia de harmonia, amor, flores e cantos de pássaros. Um domingo feliz de primavera.








12/09/2013

SONHO... SAUDADE

Novo dia... De sol ou de chuva, sempre
Um belo presente...
Nova manhã, de um dia qualquer...
Dádiva!
Rotina... Rotinas...
Imersa em pensamentos
Sequer percebo o passar das horas.
Chega a tarde... E ao entardecer,
O dia  quer se ir, adormecer!

A noite chega plácida e calma.
E lentamente
Os sons do dia se vão...

Recolho-me. 
Em meu mundo
O silêncio me é doce companhia.

A saudade vem... Chega forte...
E com ela o amigo sono.
E nesse instante, nada, a me perturbar.
Estou pensando em você...
Assim, adormeço...
E sonho!

Ao sonhar,
Ouço com nitidez sua voz... Suave voz
A dizer o quanto me ama...
O quanto sente a minha falta.
E que seu coração já não sabe viver
Sem o meu...
Que o amor não pode adormecer
Junto com o sono.

Sua presença me parece tão real...
Sinto o leve toque de suas mãos...
Sinto a magia do seu beijo em minha face.
Sinto seu perfume
A impregnar meu corpo
E tomar conta de minha alma!

Entre o acordar e abrir os olhos...
Leve e manso sono.
Sem saber onde te encontrar
Te busco...
Te procuro ao meu lado...
Mas...
Não te encontro.
Não te sinto!

Então
Ouço uma voz suave a me dizer:
Não, nunca mais irei partir.
Nunca mais hei de deixar-te!
Nossas vidas estão unidas...
Somos unos.
Essa saudade,
Ah, essa saudade...
Vai passar...

E ao despertar
Percebo a chegada feliz de um novo dia...
Novo dia que trouxe novos sonhos.
Em tempo real
Sonhar é preciso! Sempre!

Aprendi que saudade
É parte de belos momentos vividos.
Que posso sonhar a cada dia... A cada amanhecer!
E que a saudade...
Ah! A saudade...

Um dia irá passar!

02/09/2013

VIR... IR... VOAR... LIVRE!



Novo dia...
Linda manhã...
Da minha janela, fico
A observar...
Encantos... Canto de pássaros.

Imersa em reflexões...
Meus olhos levam ao coração
Imagens que
Me fazem perceber: 
A natureza está a pedir socorro...

O ser humano, construindo... Construindo
Destruindo...
E os pássaros? Ah! Os pássaros...
Sofrem as agruras de ver que
Suas casas, seu canto, seus recantos,
Seus ninhos
Estão sendo destruídos...



Por um instante,  por um
Momento, sinto certo alívio.
Percebo um  instigante cantinho de consciência...
Vejo ao longe, uma casa de João de barro...
A natureza em heroica resistência...

Sinto o coração um pouco mais feliz,
Percebo que ainda há tempo...
Ainda se pode
Preservar a natureza... 
E ver o voo livre de pássaros...
Ainda que, em meio aos arranha-céus!

Reflito: há momentos que somos parecidos com os pássaros...
Do dia e da noite... 
Do entardecer...
Do Alvorecer!

Ora, de cabeça baixa... 
Ou, de cabeça erguida.
Por vezes, inerte... Em preciosa solidão!
A voar ou a pousar 
Em meio aos galhos de generosas árvores...



Há dias e noites...
Noites... E dias...
Dias frágeis... Difíceis...
Outros, fortes e seguros... Felizes!

De cabeça erguida, seguindo em frente.
Em livre voo... Eu vou livre!
Voando calma e lentamente... 
Ir e vir...
Livre para voar?

Semelhante aos pássaros, construímos nosso mundo...
Nosso lugar... De paz... Quietude...

Eu, do alto, no decimo-terceiro andar... 
Em precioso e único momento...
A observar a natureza...

E, com olhos de amor, percebi que
Os pássaros trazem sempre consigo
Seus encantos...
Sua beleza!

E quase sempre, são livres...
Donos de si...
Livres e libertos...
Para voar!