01/07/2013

BEM VINDO, FILHO AMADO

Muito se fala, se canta e se escreve  a respeito das mães, heroínas sempre anônimas, que transformam "ser mãe" um ato do amor. Anônimas heroínas do  amor. Às mães devemos a nossa existência. Esse ser único, capaz de transformar  o mundo.

As mães, as mães-heroínas, são aquelas que sempre comemoram com alegria os frutos da  luta de seus filhos, vibram com o desenvolvimento intelectual. A conquista difícil e com mérito, do diploma, o inicio da carreira profissional e a maturidade emocional.

O filho desde o primeiro momento que chega tem o privilégio de estar ao lado da mãe. É por ela que a sua vida se inicia e tem continuidade pelos exemplos de amor e ternura. Nobre mister. Os sacrifícios, são muito, sem conta, talvez. Lágrimas muitas vezes vertidas dos olhos em momentos de preocupação, dor e angústia. Ainda assim, a mãe colhe perfume de flores todas as manhãs para surpreender e encantar aos filhos.

Sou mãe. Sou mãe. Também desfruto o privilégio dado por Deus de ser mãe. Como tantas sou uma dessas heroínas anônimas.

Meu filho amado, meu doce e amado rebento. Sangue do meu sangue, parte de mim. Por tantas e seguidas noites de sono sagrado te embalei carinhosamente em meus braços. Outras tantas noites, você estava grudado em meu peito. Saiba, filho amado: valeu a pena. E nunca foi um fardo cada noite perdida de sono. Tudo de novo eu faria se preciso fosse. Era meu destino sagrado cuidar de você.

Me lembro como se fosse hoje  você quando criança:  lindo, estudioso, peralta, teimoso, esperto. E hoje um homem lindo, honesto, doce, forte, guerreiro e formado.  Agradeço a Deus, todos os dias pela sua existência. Existência feliz,  que faz do meu viver o desejo de sempre tê-lo por perto.

Na sua infância gostava de correr pelo quintal, subir nas árvores... Fazer casa em seus galhos. Gostava exageradamente de animais... Sempre teve um por perto: cachorro, arrara, gato, hamster, coelho, papagaio, periquito, até um pintinho que ganhou da sua Tia Lourdes. E, se não bastasse, ainda tinha na fazenda um bezerro que ganhara do Tio José Jaime e outro presentado pela Dinvó, sua querida e amada avó materna.  E quando ia à fazenda, aproveitava para brincar com eles.

Ah, e quase todos os dias na hora do banho e se arrumar para ir à escola, era inevitável o choro e a birra. Era para poder ficar um pouco mais com os animaizinhos de estimação. Queria brincar... E brincar mais e mais. Na escola, ah, na escola... Lá fazia suas peraltices. Muitas vezes, fui "convidada" a comparecer diante da Diretora do Colégio Solar - onde você estudava, para resolver sobre suas artes. E assim, encontrar o melhor jeito, o melhor caminho para conduzi-lo pela vida.

Depois das aulas, ao fim da tarde, quando retornava da escola, mal adentrava a casa e jogava a mochila no sofá. De imediato, saía à procura do animal de estimação do momento. De tantos, o cachorro Boby foi o que ficou mais tempo  fazendo companhia. Foram muitos anos de convivência que se estendeu até a sua idade adulta. O Pobre coitado sofreu muito porque não tinha paz... Em suas brincadeiras você fazia dele “gato e sapato”. E como era grande a sua felicidade quando estavam juntos.

Divirto-me ao recordar que semanalmente dávamos para você uma pequena importância em dinheiro, que chamávamos de “mesada”. Era para que desde cedo aprendesse a controlar seu próprio dinheiro. Porém, um dia ao chegar em casa, cansada, depois do trabalho, encontro a secretária cozinhando pamonhas. Quando indaguei como havia conseguido o milho, ela me disse que você havia parado um carroceiro na rua e comprado o milho. E assim, gastando toda sua mesada de uma única vez, em um só dia. Adorava pamonha.

É inegável o fato que terei sempre muitas saudades daqueles tempos. Mas hoje, experimento uma saudade diferente. Uma nova saudade. Nesse tempo de sua viagem a passeio, como presente de formatura, estou desejosa por sua volta. Embora fale com você quase todos os dias, a ansiedade por vê-lo em minha frente, em nossa casa, é desmedida.

Não temos saudades  do que não amamos. Não sentimos falta do que não amamos. E o meu amor por você meu filho, é incondicional. A sua volta me fará a mãe mais feliz do mundo – porque te esperar sempre foi uma dádiva de Deus, inclusive a espera de nove meses pelo seu nascimento. Você foi um filho muito desejado e amado.

Hoje, adulto e totalmente independente, seguirá os seus próprios caminhos. Seguirá as escolhas do seu coração. O que não te exclui do meu coração e de minha vida. Sou apenas uma heroína anônima a mais no meio da multidão, que em nome do amor se tornou mãe. A sua mãe. Espero- te para dar aquele abraço excepcional e gostoso na sua chegada.  Quero muito poder beijar sua face e dizer olhando em seus olhos o quanto eu amo você  meu filho.




Um comentário:

  1. Lu que linda homenagem ao seu filho! Nós mães sabemos o verdadeiro sentido da palavra amor! Parabéns super mãe, pelo filhão maravilhoso e tb pelo belo texto... que Deus os abençoe sempre. Bjo

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