29/12/2012

OPÇÃO DE VIDA PARA SER FELIZ...


A fuga para a vida tranqüila e bucólica do interior tem sido a opção para muitas pessoas.

A correria do dia-a-dia, o medo da violência, o trânsito complicado com seguidos engarrafamentos e pessoas estressadas são alguns dos inúmeros problemas de quem mora nas cidades grandes. É preciso fazer malabarismo para organizar e cumprir com as obrigações da vida profissional.

 Para fugir dessa rotina estressante muitos decidem mudar completamente suas vidas, trocando a metrópole por uma cidade do interior, cuja rotina tranqüila e calma demanda maior qualidade de vida.

Há os que defendem que a cidade grande não é bem a “selva” que pintam. Dizem que pode ser possível pessoas se conhecerem, tornarem-se amigos, manter convivência contínua, estarem nos mesmos lugares, criar laços, conversar.

 Apesar da facilidade do “tudo se encontra” e do amplo e variado leque de opções oferecidos nas capitais tenho certeza que as pessoas não se arrependem da escolha por morar em uma cidade pequena.

Em uma cidade dessas ainda se pode dar o luxo de dormir com a janela aberta, andar pelas ruas sem medo, respirar ares mais puros. Algo que não se encontra mais em uma grande metrópole, onde o inevitável individualismo e a divisão em grupos, como o da academia, o da faculdade, o do trabalho, mostra que as pessoas são focadas em seus afazeres, sobrando pouco tempo livre. A rotina é mesmo estressante. O lazer é caro e são geralmente em bares, shoppings, feiras, cinemas.




Os apartamentos deixam as pessoas com sensação de estar enclausuradas.  Crianças com pouco espaço para brincar e sem liberdade como precisam, afinal as regras rígidas dos condomínios não permitem muita algazarra. E quase sempre não existe sintonia entre vizinhos.

Nas pequenas cidades do interior a rotina pode ser bem diferente. Imagine uma casa grande com amplo quintal com árvores frutíferas e onde se pode criar um cachorro. Imagine sentar em um banco na porta da sala e observar a vida lentamente passar através dos poucos e conhecidos transeuntes. Ou optar por divertidas caminhadas junto à natureza e encontrar amigos para uma boa conversa.  

Embora as opções de lazer sejam poucas, geralmente as pessoas se tornam muito mais unidas para se divertirem juntas.

Mesmo para quem trabalha muito e não consegue se afastar totalmente dos grandes centros, a vida no interior pode ser uma boa opção.



 


 Diante de tudo isso, seja na agitação da cidade grande ou no aconchego e quietude da vida no interior, o que vale mesmo é ser feliz. O ideal seria a possibilidade de revezar e morar um pouco no interior, um pouco na cidade grande, já que em cada uma dessas opções existem vantagens e desvantagens.
 

O fato é que; na agitação da cidade grande ou no aconchego e tranqüilidade da vida no interior, o que vale mesmo é ser e estar feliz sempre. Muito feliz.


                                                                         *-*

 Lu Couto – Jornalista
Twitter: @lucouto28

27/12/2012

NATUREZA VIVA...







Flores... minha vida! O prazer de andar pelas ruas e parques de Goiânia e fotografar essas belezas que somente a natureza pode oferecer!!!!!



 
 
 
 
 
O Bosque dos Buritis - um dos muitos parques de Goiânia, complementam a beleza da natureza  em contraste com a arquitetura.
 
 
 

 
 
 

BONITO (MS): MARAVILHOSAMENTE BONITO!


             Após desembarcar capital do Mato Grosso do Sul, a bela e bem cuidada Campo Grande, segui para Bonito através de rodovia bem cuidada, ladeada por imensas plantações de soja, que vez por outra se alternam entre belas matas nativas a perder de vista. A expectativa de chegar logo ao destino – que se apresenta como um dos lugares mais bonitos do Brasil – fez com que ficasse ansiosa e com o coração acelerado.
            A expectativa se confirma ao chegar à cidade, que comprovadamente faz jus ao nome que ostenta. Bonito é uma cidade tranquila, onde de imediato o visitante tem a boa impressão de cidade sustentável, que valoriza e respeita seus recursos naturais. O tema natureza é realmente presente na vida da cidade. Destaco de imediato os telefones públicos que, ao invés dos tradicionais “orelhões” trazem formato de animais da fauna da região.
            À noite, confirma-se a vocação para o turismo através dos bons atendimentos nos aconchegantes “barzinhos” - que são muitos pela cidade. Funcionários educados e bem informados trazem ótima impressão de como será a estada do visitante no local. O cardápio é em grande maioria de pratos típicos da região, onde o peixe é o ingrediente principal.
            Após noite tranquila em um dos vários hotéis e pousada da região, começo por uma visita ao Balneário Municipal, cuja localização fica bem próximo da cidade. Novamente noto a educação e o nível de informação dos funcionários e colaboradores do local.
            Com muito verde, água límpida e cristalina, uma das grandes atrações é fazer flutuação e tomar banho ao lado de enormes cardumes de peixes, que não se assustam ante a presença dos humanos.  A natureza, bem cuidada e respeitada, retribui oferecendo além do visual impressionante, a beleza do canto de pássaros como chupins, animadas gralhas, bem-te-vis e o raro e infelizmente em extinção, João Pinto. Borboletas faceiam e ornamentam o visual e o teiú manso e folgado passeia entre os visitantes, despreocupadamente. Cigarras pareciam saudar minha presença naquele santuário. Durante a tarde, as araras chegam em busca de alimento que é oferecido pelos funcionários. Hora de fotografá-las bem de pertinho.
            No dia seguinte, ao raiar do dia parto para um passeio interessante em lugar mágico: a Gruta Azul. Em companhia de muitos turistas de diversos lugares do mundo, após receber orientações dos experientes e simpáticos guias, é hora de colocar o capacete e buscar ver o lago que fica no interior da Gruta.
Ao iniciar a descida íngreme de cerca de trezentos metros, percebemos turistas que já estão lá embaixo, o que nos dá uma sensação de ver um movimentado formigueiro. Ao término da descida, o lago azul, com dimensão grande, e como o próprio nome diz, muito azul – obra da natureza intacta, numa caverna que levou milhares ou milhões de anos para ser criada, passando a sensação e inevitavelmente levando reflexão da tamanha insignificância do nosso período de existência.
Estalactites descem do teto da caverna como se tentassem tocar o lago e as estalagmites o emolduram, com formatos de torres e outras que aparentam imagens religiosas. O eco causa espanto aos visitantes quando se conversa lá dentro, mas por orientação do guia deve-se falar baixo para que as ondas sonoras não provoquem a queda das frágeis estalactites. Fiquei encantada com a imensa beleza daquele santuário.

             


                  No dia seguinte, a descida de bote no Rio Formoso, percurso de cerca de seis quilômetros rio abaixo. O que era para ser apenas um passeio de bote por um rio, se tornou um momento deslumbrante. Por ser uma região plana, as águas do rio correm de forma lenta, tranquila, proporcionando suave passeio pelas águas cristalinas, envoltas às margens, por uma natureza exuberante, seguida por sinfonia de cantos de pássaros de várias espécies.
Com alegria, o guia sugere a todos que peguem seus remos para ajuda-lo.  Começa a brincar de jogar água com os remos e daí cria um clima gostoso e todos caem na brincadeira como se fossem crianças. Ao mesmo tempo todos sentem a responsabilidade que é preciso remar em equipe, fazer a parte de cada um, para que o passeio ocorra.

Ao chegar às descidas das cachoeiras, um frio no estômago, mas a emoção toma conta, e a gente aproveita como pode. Ao olharmos para traz a visão de bela cortina branca. Hora da parada, para um banho nas piscinas naturais. 
Ao término da descida a bifurcação do rio, onde o mesmo se divide em vários canais que permeiam a vegetação, circundando o que se chama a Ilha do Padre.  Desembarcando do bote, seguimos por trilhas de tablados de madeira que se sobrepõem aos canais que, proporcionando momentos de perfeita interação do homem/natureza, onde o visual e as imagens são dignos de cartão postal.

O passeio em uma das várias fazendas existentes em Bonito não pode ficar de fora. A Água Viva – ou Rio do Peixe - possui belíssimas trilhas, onde de parada em parada é possível tomar banho nas cachoeiras repletas de peixes.  Sempre uma nova emoção marcada mais ainda pela adrenalina da tirolesa, trampolim e pulo livre em poços profundos cercados por rochas. Tudo com muita segurança e orientado pelo guia turístico.

O chamado para o almoço interrompe as atividades da manhã. Momento em que o Sr.Moacir, dono da fazenda em agradável e intimista show particular, conta piadas e histórias sobre a região, alegrando ainda mais os presentes.
Um "redário" à disposição é quase que obrigatório para um cochilo. Que é breve, pois novos passeios e trilhas estão para ser explorados.
Ao final da tarde o espetáculo das araras e dos macacos. O Sr. Moacir as chama e pela intimidade conquistada ao longo de 11 anos, elas imediatamente se aproximam, pousando em um banco. São quatro araras de variadas cores e somente ele pode pegá-las. Aceitam ser colocadas por que ele em nossos braços ou ombros para tirar fotos.
A experiência se repete com os pequenos macacos, que chamados não recusam quando ofereço um pedaço de banana para alimentá-los. Hora de fotos, muitas fotos.
Ao cair da tarde, começando a noite, hora de pegar a estrada rumo a Bonito. Depois, jantar, uma cerveja no barzinho, ir para o hotel e novamente arrumar as malas, afinal, na madrugada seguinte seguir viagem, desta vez de volta para casa.
Agora, guardar para sempre no coração a gentileza e hospitalidade do povo e os bons momentos vividos nos tantos paraísos de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Aliás, Bonito, não. Lindo.