Noite... Luz... Penumbra...
Canções... Silêncio... Sussurros...
Lençóis jogados ao chão...
Pura imaginação.
Paredes que não oprimem...
Quadros que não falam.
Mãos que silenciam...
Solidão que apavora.
Quadros velhos e amarelados...
Porta-retratos debruçados.
Sem medo e solitária,
Diário doloroso a escrever.
Cada dia e cada vez mais,
Sou cada vez menos
Sem o seu amor
E sem a sua companhia.
Meus cabelos brancos
Já estão por aqui...
Eles não conversam comigo,
Tampouco falam de você.
Minhas mãos trêmulas
Busca sua boca sedenta.
Meu olhar faceiro e terno,
Escreve no diário da solidão.
Distante de você
E solitária noite adentro...
Busco escrever sem pressa,
No diário da minha vida.
De sua doce companhia,
Desejo todo o desfrute...
É uma viagem maravilhosa,
Poder saciar a sede
Da sua ausência.
Todas as noites,
Em meu diário eu escrevo.
De solidão eu sempre vivo...
Essa é a rotina
De uma mulher solitária.