A vivência e a convivência dia a dia, faz parte da vida. E nela, é
comum o ser humano ensurdecer e cegar, para coisas importantes. Enxergamos pouco, no muito
que há na vida. Percebemos facilmente os erros e falhas dos outros e cegamos
para os nossos. E por onde anda o grito de alerta da nossa consciência?
Ouvimos e vislumbramos com elogios, ainda que falsos, afinal,
massageiam nosso ego. Fechamos nosso coração para as coisas mais bonitas da
nossa existência. Em alguns momentos ou situações, mergulhamos em mágoas.
Essas, não nos levam ao crescimento enquanto ser humano.
Os dias passam e, sem percebermos, mergulhamos e enclausuramos em nosso
pequeno “mundinho” egoísta. Nele,
reinamos soberanos esquecendo que na vida, para viver bem, é preciso partilhar,
compartilhar - atitude de humildade.
E o que significa mesmo compartilhar? Entendo que seja seguir o caminho
da vida com as duas mãos abertas. Uma para doar e a outra, para humildemente
receber. Ou, somente doar porque quem doa com o coração, não espera nada em
troca. O ser humano, tem se afastado muito de alguns valores que os fazem
melhores como pessoa. Dentre eles, a humildade.
Quando nos falta humildade, nos afastamos de nossa verdadeira essência.
Lembrando que, não importam nossos atos ditos de bondade, uma vez que ela se
recheia de empáfia e poder. Assim sendo, perde totalmente seu valor.
Quando nos afastamos do nosso verdadeiro EU, é porque o EGO está
direcionando nossa existência. A vaidade fica em evidência e a falta de
humildade faz-nos cegos para a nossa própria realidade. Precisamos treinar
muito nosso voo evolutivo como pessoas, para verdadeiramente, sermos humildes.
Humildade, não é submissão. Tampouco, falta de amor próprio. Todos nós,
temos nossa própria estrela. E somos nós, que a fazemos brilhar mais
intensamente ou, colaboramos para que ela fique ofuscada na constelação da
vida.
É de bom alvitre, repensar ações e realizar o melhor por onde passar. É
essencial para a boa convivência nas parcerias, saber estender as mãos. É preciso ter gratidão e reconhecer, que a
arrogância nos faz pobres de humildade.
Não passamos pela vida, sem momentos difíceis, descontentamentos,
tristezas e experiências pouco sucedidas. Hora de exercer a sensatez, a lucidez
e, principalmente, a humildade - reconhecer fragilidade diante de determinadas
situações - isso não faz nenhum ser, inferior ao outro.
Não se deve pensar, que é o centro das atenções e que tudo deva girar,
entorno de si. Claro, um dia já fomos
parâmetros em algumas coisas, para algumas pessoas em determinados momentos da
vida. Nem por isso, se pode perder a essência: a humildade.
É necessário priorizar atitudes enobrecedoras, em detrimento à falta de
coragem de assumir que precisamos ser melhores. A vida, cobra habilidades em
que a realidade é preciso ser aceita. Ou encaramos, ou seremos engolidos pela
imbecilidade da arrogância e prepotência. É preciso reconhecer erros, mudar
conceitos e tirar lições positivas para a vida. A falta de reconhecimento, não
pode nos prostrar. A falta de reconhecimento dela nos faz seres pobres e soberbos.
A nossa vida é um eterno aprendizado. E só seremos bem sucedidos em
nossos projetos, se soubermos captá-los, colocando-os em prática. Eles só veem,
quando adotamos uma postura de humildade. É preciso admitir fragilidades e
perceber que é através da humildade, que extraímos o que de melhor a vida
oferece.
E, se não conseguirmos ver nada de aprendizado nela, precisamos ter
muito cuidado. O erro ou a falha pode
ser nosso. Um grande empreendedor do
projeto chamado vida, precisa ter mente aberta. Saber que as melhores
oportunidades, são aquelas que compartilhamos uns com os outros. Quando há
falta de humildade, o crescimento não acontece!