Ao longo de nossas vidas, passamos por
diversas experiências. Umas boas, outras nem tanto. E uma das mais difíceis
certamente, é aceitar que falhamos em algo que julgamos importante e
necessário. Ou, em uma atividade que pensávamos ser competentes.
Em alguns momentos, ficamos
preocupados porque percebemos que estamos sendo avaliados. Avaliação que pode
ser negativa ou positiva. E assim, ficamos com a sensação de impotência e o
medo de não realizarmos o melhor, seja na vida profissional ou pessoal.
Conhecemos essas dificuldades como “fracasso”. O Medo de “fracassar” está em
todas as áreas importantes de nossas vidas.
É necessário reconhecer que falhar é
um direito. E por isso, precisamos aprender a nos perdoar. É bom lembrar, que
muitas vezes por falharmos retomamos caminhos melhores.
A não aceitação do dito “fracasso”
traz consequências ainda piores. Fica difícil gostar mais intimamente de nós
mesmos e somos tentados a procurar a culpa nos outros ou, em nós. A acusação
aos outros, ou nos culparmos, não ajuda em nada.
Não assumir as escolhas ou ficar
parado deixando a vida passar e ficar remoendo escolhas antigas, não nos levará
a lugar nenhum. Pensar nas possibilidades do que não aconteceu complica ainda
mais. "E se eu tivesse feito isso ou aquilo... Ou, senão tivesse feito...”.
É evidente que todos nós sabemos que
poderíamos ter tomado outras decisões. Ter estado mais atentos a determinadas
coisas. Só podemos olhar para o passado se for para aprender e tirar lições. É necessário
não agir em forma de cobranças, nem de nós e nem dos outros.
Sempre que voltar para dentro de si, e
a ferida ou a dor estiver lá, é importante reconhece-la. Reconhecer o
“fracasso”, a dor, a mágoa não nos torna inferiores ou fracos. Pelo contrário,
nos fortalece. É preciso então, não potencializar as dificuldades, mas fazer
delas, degraus para novas condutas diante de futuras dificuldades ou decisões. Admitir
um "fracasso" pode inclusive, nos encorajar a enfrentar mudanças e
novos desafios.
Enfrentar os insucessos faz parte de
nossas vidas. Precisamos aprender a viver e crescer encontrando ou não, saídas.
A modificação começa dentro de nós até onde for possível, incorporando o
“fracasso” como apenas uma etapa da vida e tirando lições positivas e experiências.
Uma situação considerada como um "fracasso" por alguém, pode ser considerado por outrem um sucesso, um sucesso
relativo ou uma situação neutra. É preciso descobrir quais foram os critérios
utilizados para julgar o “fracasso” ou sucesso. Ele pode ser percebido ou
concebido a partir do ponto de vista de seus avaliadores.
Precisamos entender que o “fracasso”
anda lado a lado com o sucesso. Ele faz parte do nosso processo de crescimento
e desenvolvimento pessoal. Umas das formas de aprendizagem é por tentativa e
erro, logo, o fracasso é algo inevitável. O “fracasso” é uma condição da vida. Ele só
se torna destrutivo, quando o interpretamos como um ataque ao nosso ego. Não
saber lidar com ele, é suprimir e não tirar vantagem desse processo natural de
aprendizagem.
Isso, não quer dizer que não devemos fazer uma
avaliação crítica daquilo que não conseguimos atingir ou, que correu mal em
nossa vida. É bom e necessário avaliar os passos, as ações, os objetivos, as
metas, as estratégias e até mesmo algumas atitudes. E fazê-la sempre em uma perspectiva
construtiva, tendo sempre presente o aspecto positivo de superar-se numa
próxima oportunidade.