23/08/2013

QUEM AMA, CATIVA... CUIDA!




Amar... É caminhar junto...
Abrir mão ao próprio coração...
Se permitir... Sentir!
Compartilhar a doce presença do outro...

Estender a mão... Dar um abraço... Um afago!
Às vezes ceder... E sempre partilhar... 
Saber entender... E se entender...
Sem perder ou ganhar!

Amar é libertar-se... Sentir-se voando...
É amparar quando  preciso... Ser ombro amigo.
Sempre "carinhar"...
Para quase sempre receber em dobro o
Carinho oferecido...


Amar é por vezes sentir um vazio... 
Vazio que dói...
Deixado pela saudade!

É render-se ao querer do outro...
Mas...
Sem perder a identidade!

Amar é ficar feliz com um gesto simples,
Aquele fago espontâneo... Quase sem perceber...
Tão natural, se é por amor...

É permitir que o outro vá...
Deixá-lo ir livremente... 
E no coração ter a certeza que voltará...

Amar é despertar sorrisos... Amar é alegria!
Perceber que  o sorriso do outro, foi resultante de pequenos gestos...
E, por amar, a felicidade do outro, também é a sua.
É também sua felicidade.



Amar  é
Levar a pessoa querida aos lugares prediletos...
Passear livre, feliz....
De mãos dadas...
Sentir paz ante o olhar do outro...

Amar...
É desejar sempre o melhor...
E nas dificuldades, amparar!
Zelar... Cuidar... Cuidar muito...

Sempre estar pronto a amparar e
Abraçar ao outro...
Mesmo nos momentos que 
Venham as quedas!

Amar é saber que...
A felicidade do outro, preenche aquele vazio...
Amar não é só estar ao lado...
Não é só presença física... É zelo!
Amar é essencialmente, zelo!

Amar é cumplicidade... 
Ser "eterno companheiro"!
Sempre!! Para sempre!
Por toda a vida!
Amar  é cuidar...  
E...
Quem ama cuida...



19/08/2013

DE MUROS, FLORES E SONHOS...




Portas... Entreabertas...
Por portas entreabertas
Eu observava...
Tímida e furtivamente...

Queria dar mais um passo... Sim! 
Sonhava dar um passo a mais... 
Um passo além... Ir além!
Mas...
Sentia medo... Muito medo...
Havia um enorme muro à frente!

Olhei para dentro de mim...
Percebi meus muros... Medos...
Dissabores!
Revi meus abismos... Temores...
E me vi em atitude reflexiva... 
Por instantes, esqueci meus tão bem guardados
sonhos...

Mas pensei: não posso perder mais tempo...
Perder tempo com sonhos que dizem ser
Inalcançáveis? Inatingíveis?
Esperar pelo que não vem? Ou, pelo que já se foi?
Ou, sequer existiu?

Muro...
Após o muro...
O desconhecido... Ribanceiras perigosas...
La fora há muros... Bloqueios... 
Muros de medos? Ou de flores?
O tempo está frio... O vento forte... 
Mas, ouço canto de cigarras...
A noite não demora a vir... 
Mas haverá luz... Luz do luar...

Preciso direcionar o olhar ao íntimo...
Ao coração...
Há barreiras a transpor... Derrubar...
Derrubar  muros de medos...  
E assim, partir para a
Conquista da tão almejada felicidade... 

O muro só existirá se eu mantiver o olhar triste... 
E não souber enxergar além...
É preciso ter o olhar desprovido de ódio e rancor... 
Plantar amor!
E ao redor, flores...
E ver tudo com a magia dos sonhos... Do amor... 

Barreiras... Muros... Os fiz de flores!
É grande a distância entre a porta  e o muro...
Um longo caminho...

Transformar medos... Muros de medos... 
Incertezas e inseguranças...
Transformar em muros de flores...
Fazer dos muros intransponíveis belos jardins
Preciosos canteiros de flores!

A cada amanhecer, abrir portas... 
Abrir portas ao coração...
Enfrentar os muros da vida...

Fazer dos muros outrora intransponíveis
Jardins de flores e sonhos... 
Sonhos perenes... Definitivos... 
Barreiras vencidas...

Muros...  Flores...
Apesar dos medos, inseguranças, dificuldades,
Existem os sonhos...
Sonhos que podem se tornar reais...
Plenos... 
Enfeitados e adornados de flores! 
De belas flores!




12/08/2013

O ANJO ENCANTADO DA MINHA VIDA!

Uma história linda... De amor, de luz, de alegrias... Uma história de muito amor.  Início de vida, amplas possibilidades e  sonhos. A emoção única e a certeza que tive em Junho de 1986,  quando soube que estava grávida de uma menina. Chegaria um anjo, um ser amável, uma doce criatura. Companheira  para a longa caminhada da vida, sempre cheia de buscas e descobertas... Eu tinha a certeza que estaríamos sempre unidas, sempre juntas!

Foram nove meses de emoção, que rapidamente se passaram... Eis que chega o esperado momento de ir para a maternidade... Momento único, feliz, de muita expectativa e ansiedade para ver logo o rostinho da primogênita. Nem parece que o tempo, passou, sinto tão vivo dentro de mim esse momento... Parece ter sido ontem que a recebi carinhosamente em meu colo, pesando 4 kg e 200 gramas, com lindos olhos azuis. Instante mágico! Para sempre! Para sempre inesquecível.  Foi assim que começou nossa história de amor... Nossa linda e feliz história de amor. Você foi muito esperada, desejada... A primeira filha, a primeira sobrinha, a primeira neta.

Sua doce presença foi motivo de extrema e incomparável felicidade... Você, filha,  trouxe muita alegria à família. Dessa forma, cresceu rodeada de carinho e amor. Já aos três anos de idade, foi matriculada na Escola Solar - hoje Colégio Solar - ao lado de outras crianças, na modalidade creche. Você sempre foi uma criança feliz, inteligente e doce. As professoras se encantavam com sua desenvoltura. Você adorava desfilar, dançar e cantar. Geração Xuxa, tinha muitas roupas e brinquedos ao estilo dela. Y-la-ri-lá-riê... Acalentava o sonho de ser Paquita. Sonhos de criança...

Você era estrela. Sempre convidada a protagonizar comemorações e apresentações na escola. Adorava, pois, não era tímida e a sua desenvoltura lhe permitia isso. Nunca teve medo de desafios. Encantava a todos pela inteligência e beleza. Parecia uma boneca de belos olhos - agora esverdeados - pele clara e lindas bochechas rosadas. A chamaram na escola de “moranguinho” – alusão à boneca que fazia muito sucesso na época e que, sem dúvida,  tinha traços semelhantes aos seus.

Ah, mas tinha dias que era difícil. Por vezes, você embirrava e chorava para não ir à escola. Queria ficar comigo. Sim, queria minha companhia!  Na hora do banho, era um "deus-nos-acuda": vinha a seção “chororô”. Lavar os cabelos? Trágico momento. Seus cabelos eram encaracolados e difíceis de pentear. Mas, sempre com muito jeito e ternura, eu conseguia fazer do banho um momento mais harmônico. Assim, aproveitava para conversar, te explicar, fazendo-a entender que precisava ir para escola,  e que eu precisava ir para o meu trabalho.

Após o banho, você de uniforme limpinho, era o momento em que eu arrumava a lancheira cor de rosa da “Xuxa”, pegava a pequena mochila igualmente cor de rosa e a levava até o ponto para esperar o "Tio Pedro", que a buscava em uma Kombi todos os dias. 

Na escola, momentos de felicidade e plenitude. Você brincava muito com os amiguinhos e era muito querida. Não brigava, não fazia travessuras e nem batia em nenhum colega. Embora algumas vezes, precisei ir até à escola para ver o que havia acontecido, pois você chegava em casa com alguns arranhões e mordidas de coleguinhas mais peraltas.

Depois de certo tempo, passei a fazer o papel de te levar e buscar  todos os dias. E certo dia, ao sair do trabalho me atrasei  alguns minutos e quando cheguei você estava aos prantos, com a professora conversando e buscando acalmá-la. Quando a indaguei porque chorava, entre soluços sentidos me respondeu com essas palavras: “Fiquei com medo de você não me buscar nunca mais e eu ter que morar com a "Tia" Shirley” – Diretora da escola. Você mostrava assim mais uma vez o quanto era apegada a mim.

Um certo dia, eu estava imersa e entretida com os muitos afazeres da casa, e você brincando próximo de mim. De repente, me imitando, pega uma bolsa e diz:  "Mamãe, vou tabaiá". Eu disse "vá com Deus". Minutos depois me dei conta de sua ausência. Procurei pela casa e não a encontrei. Abri o portão e saí correndo em busca de você, que já estava próxima a uma avenida movimentada e perigosa. Foi um grande susto. Mas, foi essa a única vez que fugiu.

Minha “menina moranguinho”... Meu anjinho querido... Você sempre foi convidada para ser "dama de honra" em casamentos. Foram tantas vezes em tantas igrejas que não me recordo todas. Você era requisitada e sempre aceitava com um sorriso de felicidade. Não se intimidava porque adorava fazer esse papel. Certa vez, em um casamento,  você entrou na igreja cantando e espalhando pétalas de rosas. Seu sorriso e felicidade deixou a todos muito emocionados.

Tempo da vida... Tempo que passa... E o tempo passou... Essa menina, embora conserve o sorriso e a meiguice de sempre,  cresceu. Hoje, uma educada e bela moça, formada,  exercendo sua profissão. Profissão difícil, em que precisa muita determinação, tendo que ser, em nome da responsabilidade e do bom senso, por vezes dura, exigente e firme. Forte e guerreira, não se intimida com desafios. Mas a doçura permanece, continua em seu coração. Vive cada momento da vida intensamente. Administra bem sua dura rotina e o cansaço do dia-a-dia, pelas batalhas e sonhos que busca.

Você é independente. Essa é a realidade. Mas ainda que trilhemos por caminhos diferentes, sei que não esquecerá que sempre estarei juntinho à você. Somos eternamente ligadas por laços de amor, que construímos a cada despertar e a cada anoitecer de nossos dias. De nossas vidas. Minha filha amada... Minha sempre adorada menininha...

Hoje você é dona do seu destino e de sua vida... Mas, peço: pelo coração generoso que tem, jamais esqueça  de abraçar e amar aos humildes. Saiba que terá sempre meu colo cheio de amor a te amparar em todos os momentos. E nunca deixe que roubem a criança que existe dentro de você. Seja eternamente doce e carinhosa, mesmo sendo forte, determinada e vencedora como é. 

Minha filha, meu amor... Minha meiga "menina moranguinho"... Não, não deixe jamais de colocar amor em tudo o que você fizer na vida, seja qual for a tarefa, a missão, o papel a ser desempenhado. Faça sempre com muito ternura e carinho. 

Foi com essa fórmula que desde que a concebi em meu ventre, te guiei pela vida e mostrei os caminhos a seguir... Obrigada, filha por você existir e fazer da minha vida uma eterna felicidade! Minha sempre "menina moranguinho"!









05/08/2013

RANCHO DO SOSSEGO: NATUREZA E HARMONIA.


Existem algumas coisas que todo mundo deve fazer durante a vida, e, seguramente, acampar, é uma delas!  Sim, acampar, permitir-se ficar um pouco mais próximo à natureza. 
Confesso que, ao longo de minha vida havia acampado apenas duas vezes, e por sinal experiências que considero desastrosas. 

A primeira vez que acampei foi na cidade de Aruanã, às margens do belo e imponente Rio Araguaia, onde havia muito mosquito, sol escaldante e gente em demasia. O calor era excessivo e ainda tinha o incômodo de a todo momento ter que passar repelente no corpo. Desconforto total.

A segunda experiência foi na histórica Pirenópolis. Tive a "sorte" de um grupo de jovens vir acampar ao lado da minha barraca e a noite inteira foi um frevo só. Música alta, gritos, barulho em excesso. O fato é que não consegui dormir. Agonizei por horas dentro da barraca até que o dia amanhecesse. Noite longa e interminável.

Os anos se passaram, e eu havia até deixado no campo do esquecimento essas passagens pouco venturosas. Até que recentemente, recebi um convite, extensivo à minha família, para acampar por uma noite no local denominado "Rancho do Sossego"  às margens do Rio Urú, região norte do Estado de Goiás. Nesse local  aconteceria uma festa junina, evento conhecido e tradicional. Então, depois de pensar e relutar, resolvi que iria. Comprei  minha tralha:  barraca, lampião, cadeira, colchonete, e outras miudezas necessárias, malas feitas e pé na estrada.

Foi uma viagem relativamente curta. Passamos entre canaviais, em uma estrada de muita poeira e sob forte calor. Ao chegarmos, observei que  o "Rancho do Sossego" era um lugar bem cuidado, bonito, arborizado, muito aconchegante, com uma estrutura ótima para acampar - e de pessoas amáveis e gentis.  Bela paisagem, onde a natureza era bem preservada.




Sem dúvida, é preciso algumas resignações para curtir acampamento. E  um dos piores momentos é a hora banho, que quando no rio é desconfortável.  Mas como o lugar oferecia uma ótima estrutura, isso foi minimizado.

O Rancho do Sossego possui energia elétrica, geladeira, som, muitas mesas e cadeiras. Os proprietários, nos acolheram de forma amistosa, são de fato anfitriões espetaculares. Durante o dia conversas, pescarias, muita comida e cerveja gelada à vontade. E sol... Muito sol, calor escaldante. Mas, que não atrapalhava a alegria e diversão de todos presentes.

Ao cair da noite a festa começa. Quadrilha, comidas típicas, quentão e uma fogueira para aquecer aquele leve friozinho, comum à beira de rios!  A noite foi muito divertida.  E, lá fui eu pela terceira vez na vida, dormir em uma barraca. Fui tentando apagar as duas primeiras experiências, que não foram muito boas.

Antes de entrar na barraca, me coloquei a observar a noite, que trazia lindo e incomparável céu estrelado. Já deitada, podia ouvir o barulho das águas do rio batendo nas pedras. Fazia nesse momento um friozinho gostoso, bom para dormir um sono restaurador. Assim a noite passou de forma tranquila.


Alvorecer: a chegada lenta e calma de um belo dia, que logo se torna ensolarado. Aves de várias espécies, cada uma com seu típico canto imitavam uma orquestra. Pertinho de mim, um pequeno pássaro fazia um esforço enorme para cantar.  Ouvi quando minha filha disse: "nossa, que pássaro desengonçado é esse? Parece que vai engasgar" Foi o motivo para que déssemos boas risadas. Então, depois da sinfonia da manhã, com o sol começando a esquentar o dia, hora de levantar. Deparei com uma bela mesa de café da manhã, com biscoitos, pães de queijo e um café delicioso, acompanhado de um gostoso bate papo. Alegria e harmonia.


O tempo passou rapidamente e é chegada a hora de organizar as coisas, voltar para casa. Desmontar barraca, recolher objetos pessoais e se permitir uma última contemplação à beleza daquele lugar.

Apesar dos pequenos desconfortos, valeu à experiência. Afinal, estar em contato com a natureza, ouvir as vozes do silêncio, e ver o sorriso dos filhos se divertindo, não tem preço. Juntos, experimentamos novas emoções, e melhor ainda: passamos por uma desintoxicação virtual. Sim! Desintoxicação porque não tínhamos sinal de nenhuma operadora. E sobrevivemos! Se houvesse sinal de internet no "Rancho do Sossego", certamente estaríamos boa parte do tempo conectados, cada um no seu canto, imerso em seu mundo. 

O prazer e a alegria dos momentos vividos ali foi  algo  fantástico, mágico. Nos divertimos muito. 
A experiencia de dormir uma noite dentro de uma barraca, em local aprazível como o "Rancho do Sossego", foi válida e serviu para me mostrar que não é tão ruim assim. Mas, com toda sinceridade, ainda continuo preferindo o conforto e a praticidade da vida urbana!