16/12/2015

DESPEDIDA...

Eu sei,
Chegou o dia da sua partida.
Você precisa ir embora...
Embora, deixe um enorme vazio
Em meu coração. 

Esse dia chegou...
Chegou a hora da sua triste partida.
Se eu puder escolher,
Prefiro que não tenha despedida...
Vá, sem adeus!

Gostaria que sua partida
Fosse algo bem distante...
Ou, que nunca existisse.
Não desejei essa dor 
De abandono.

Sem ter o que fazer,
Desejo que sua despedida
Seja ao menos leve...
E não leve, 
O que de melhor deixou em mim.

Peço apenas
Que sua dolorosa despedida,
Deixe ao menos em meu coração,
Um lindo e florido jardim.

Deixe crisântemo, violeta,
Jasmim... Rosas.
Deixe margaridas, orquídeas,
Gardênia... Amapola... Açucenas.

Deixe meu coração tranquilo,
Sereno e em calmaria,
Feito o mar sem ondas revoltas
Em noite de lua minguante.

Eu não queria sua despedida.
Nunca desejei sua partida,
Feito rio em forte correnteza
Que busca novos horizontes.

Sua partida faz-me
Desmanchar em lágrimas de tristezas,
Feito o mar que mistura água e sal,
Sem encontrar
 Um novo destino.

Que sua despedida
Seja como a lua,
Que timidamente chega à noite
E pela madrugada sutilmente,
Vai embora.

Não queria sua despedida,
Seu abandono... Seu adeus.
Vá, e seja qual uma estrela
Que mesmo distante,
Deixa seu brilho.

Que sua  partida seja silenciosa...
Não me diga nada,
Apenas, deixe a luz do seu olhar
Em silêncio falar por ti.
Adeus! Adeus!

04/12/2015

DA JANELA...


O tempo passa... Se esfumaça...
O entardecer traz nostalgia.
Da janela,
 Vejo um alaranjado brilhante...
É o dia chegando ao fim.

Cada dia é único...
E todos eles  têm sua beleza
E sua dose de humor,
Explícito em cada história de amor.

Da janela,
Vejo a vida que se espreita
Como  o dia desaparece
Junto ao sol,  
Ao final do dia.

Não se vive uma história sem amor.
Não se faz um percurso,
Sem esforço e sem coragem.
Há dias de chegadas e de partidas...

Da janela,
Posso  ver os dias passarem coloridos.
Para mim, os dias não passam em branco...
Em branco, não vive meu coração.

Da janela, 
Por ironia do destino,
Vi sua partida sem dizer adeus.
Dose de ironia ou desamor?
Com você a palavra!

Da janela, revejo e reflito
Tudo que passou.
As boas lembranças ficam...
O resto, 
Eu  as envio para o labirinto.

Da janela,
Hoje posso ver o que de melhor me restou.
As boas imagens, deixo-a engavetadas
No âmago do meu ser.

E na janela do agora,
Minha memória sem uso está.
Cada dia que amanhecer e anoitecer,
Apenas me fará recordar.

Da janela, entre um tempo e outro,
Fico apenas observando e penso:
O tempo não tem mais volta...
O tempo, não volta jamais!

Da janela,
Agora triste, solitária e olhos marejados 
Vejo o tempo brincando com a dor...
Que em breve,  irá virar passado.

Da janela,
Imersa em meus pensamentos,
Vejo os dias sorrateiramente passarem.
Desejo coisas boas para o presente...
As velhas, 
 Eu já as mandei embora.




02/12/2015

CUMPLICIDADE...

Pegue minha mão, vem comigo...
Somos cúmplices.
Somos reflexo um do outro
E jamais ficaremos separados.

Olhe nos meus olhos...
Liberta-me, das trevas da solidão.
Vem comigo ver a luz da lua
Antes que ela se apague.

Somos Cúmplices... Unos...
Estamos alinhavados.
Não temos medo do amor,
Ele nos escolheu... Nos escolhemos.

Que o nosso amor seja para sempre
E a vida nos espere.
Que a vida espere o nosso instante
E a nossa cumplicidade!

Que o beijo seja demorado
E adocicado...
Que seu cálice em mim transborde,
Meu corpo é templo seu!

Vem comigo... Dê-me sua mão...
Somos cúmplices apaixonados.
Deixe seu cheiro exalar no ar...
Quero tê-lo, como  meu alimento.

Antes do prenuncio solar,
Em silêncio a vida fica
Para mostrar a sua essência
E a cumplicidade do nosso amor.

Vem correndo, quero abraçar-te.
Quero olhar-te nos olhos...
Cheirar... Tocar... Sentir...
Ouvir sua voz me dizendo: eu te amo.

Somos cúmplices...
Seu abraço é forte, gentil e doce.
Ele cura-me, acalenta-me...
Ele faz todo sentido... Ele é pleno!

Vem! Seu abraço apazígua a alma...
É natural... É pura magia.
Seu abraço aquece-me...
Alimenta-me... Sacia-me.

Vem! Vem correndo meu amor.
Vem  proteger-me da dor.
Vem retemperar-me...
Quero ser sua deusa e sua poesia.

A cumplicidade do nosso amor
É tema de poesia,
Que nenhum poeta jamais,
Em tempo algum, conseguirá escrever.